Segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, surgem cerca de 550 mil casos de catarata por ano no Brasil. O oftalmologista do Instituto de Olhos Ciências Médicas, Dr. Umberto Rizzuto, explica que no país o aumento do número de pacientes com a doença se dá, especialmente, pelo envelhecimento da população. Isso porque a condição é caracterizada por atingir, em sua maioria, pessoas acima dos 60 anos.
A catarata é definida quando o cristalino, a lente natural que o ser humano possui desde o nascimento, fica turva, opaca. Essa lente tem propriedades específicas que permitem focar e ajustar a visão, enviando as imagens que vemos para a retina, onde são processadas pelo cérebro.
Quando o cristalino se torna turvo, pode causar perda de visão e outros sintomas oculares. Na qualidade de vida, a catarata pode comprometer a realização de atividades diárias, aumentar o risco de quedas e, em estágio avançado, levar à cegueira.
Conforme o Dr. Umberto Rizzuto, os sintomas mais comuns da catarata incluem:
Segundo o oftalmologista, fatores como envelhecimento, diabetes, além de exposição à radiação UV, à radioterapia e às elevadas temperaturas (como febre decorrente de malária), podem contribuir para o desenvolvimento da catarata. Trauma ocular, tabagismo e uso de certos medicamentos, como os corticosteroides, também estão entre as causas da doença. “Embora haja uma predisposição hereditária, a maioria dos fatores são adquiridos ao longo da vida”, explica.
Segundo o Dr. Umberto Rizzuto, especialista em catarata, as formas de prevenção da catarata envolvem proteger os olhos da radiação UV com óculos adequados, controlar doenças como diabetes, evitar o tabagismo e manter uma dieta saudável, rica em antioxidantes. Além disso, ele recomenda o acompanhamento oftalmológico regular para garantir que a detecção e o tratamento ocorram no momento certo.
O médico explica que o único tratamento reconhecido mundialmente como eficaz é a cirurgia de catarata (facectomia), em que o cristalino, que está turvo e opaco, é substituído por uma lente intraocular.
Por Eduardo Camargo