O secretário de Gestão e Planejamento do governo estadual, Giuseppe Vecci, pediu desculpas aos colegas de governo pelo mal-estar gerado com as declarações dadas por ele ao Jornal O Popular, quando disse ser execrado e reclamou que “só tem bandido” falando mal dele.
A repercussão, como mostrou o Diário de Goiás, foi imediata. Segundo a repórter Fabiana Pulcineli, do Jornal O Popular, em uma reunião interna, ele justificou que “fez um desabafo” por ser alvo de críticas, mas negou se referir a colegas.
“Não peço desculpas por minhas palavras porque não acusei ninguém do governo. Mas por conta da forma como se repercutiu, se alguém se sentiu ofendido, peço desculpas”, segundo reportagem de O Popular, baseada em relatos dos presentes.
Veja o texto na íntegra, disponível no site do Jornal:
“Governo
Vecci pede desculpas a colegas em reunião no Palácio
Em reunião do secretariado com o governador, titular da Segplan diz que declarações sobre “bandidos” foram mal interpretadas
Fabiana Pulcineli
19 de junho de 2013 (quarta-feira)
Em reunião do secretariado ontem com o governador Marconi Perillo (PSDB), o titular da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), Giuseppe Vecci, pediu desculpas aos colegas pelo mal-estar provocado por suas declarações no mês passado pelo POPULAR. Vecci justificou que era alvo de críticas há quase três meses e que fez um desabafo, reafirmando que, ao reclamar de bandidos, não se referiu a auxiliares do governo.
O secretário disse que as declarações foram mal-interpretadas. “Não peço desculpas por minhas palavras porque não acusei ninguém do governo. Mas por conta da forma como se repercutiu, se alguém se sentiu ofendido, peço desculpas”, disse, segundo relatos de presentes.
Vecci também afirmou ser grato a “grande parcela dos secretários e integrantes da base governista que manifestaram total apoio” ao desabafo.
A reunião, no décimo andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira, foi aberta pelo governador às 8 horas. Marconi comentou as manifestações no País, falou que o governo passa por bom momento, de resultados, pediu agilidade nas obras e projetos e informou que fará agenda no interior todos os finais de semana. Pediu aos auxiliares que definam cronograma de entrega de obras e benefícios em eventos com a participação dele. Ao final, disse que não abriria a palavra a nenhum secretário porque a reunião seria rápida, e que apenas ao titular da Segplan falaria.
Ao final da fala de Vecci, que comentou também que a Segplan continua monitorando os projetos prioritários do governo em sintonia com o plano de governo, não houve nenhuma manifestação dos colegas. O governador pegou o microfone e disse que estava encerrada a reunião, que durou pouco mais de meia hora.
O governo já havia atuado para minimizar as declarações e abafar a repercussão. No dia da publicação, em 23 de maio, o governador em exercício, José Eliton (PP), disse que não enxergava críticas a auxiliares. Diante das cobranças por esclarecimentos, a Controladoria Geral do Estado divulgou nota em que informava ter ouvido o secretário e que ele havia negado referência a secretários.
Vecci disse que estava “sendo execrado por ser sério”. “Ninguém sério do governo falou de mim. Só tem bandido falando.” Ao voltar de viagem de férias, no dia 3, o governador disse que o assunto estava encerrado.
Além de ter sido a primeira reunião após o episódio, as informações de bastidores são de que o artigo de Carlos Cachoeira, citando o caso, reforçou a necessidade de o próprio Vecci colocar um ponto final no assunto.”