Com o longo período de estiagem, a vazão do Rio Meia Ponte entrou para o nível crítico 3 nesta sexta-feira (03/09) fazendo com que a Região Metropolitana de Goiânia que depende do abastecimento da bacia caminhe para um possível racionamento, apesar de ainda não ser um passo próximo. “Ainda não há uma ação para ela [racionamento] agora. Entrando no nível crítico 3, iremos reduzir em 50% o uso da bacia. Todo o mundo. Indústria, agricultura. Todos vão ter de reduzir esse volume captado”, afirma o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim.
Apesar disso, André diz que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado de Goiás (Semad) trabalha com ações preventivas para que por ora, nenhuma medida extrema seja adotada. “Por enquanto, a questão do racionamento ainda nós temos algumas estratégias, contando que com a redução de 50% será possível permanecer em um nível de vazão no Rio Meia Ponte para ter a manutenção até que as chuvas venham e que possa recuperar a vazão do Rio. Estamos caminhando mas não tem a questão de começar o racionamento imediatamente”, destaca.
De acordo com Amorim, as pessoas já foram notificadas que com o avanço para o nível crítico 3, haverá uma redução de 50% no uso da bacia, por isso, o gerente destaca a importância da colaboração de todos buscando a economia no uso da água.
O avanço para o nível crítico 3 já havia sido previsto ao Diário de Goiás pelo presidente do Conselho da Bacia do Rio Meia Ponte, Fábio Camargo. “A chance de racionamento é muito grande porque nós entramos e já baixamos 1000 litros por segundo dentro de dez dias, se abaixarmos mais 1000 litros, iremos racionar. O futuro é crítico. Esperamos que todos juntos consigamos economizar um pouco de água para não entrar no racionamento que pode acontecer nos próximos dias”, alertou.
Níveis do João Leite devem colaborar
A região metropolitana de Goiânia de 2018 para cá não depende apenas do Meia Ponte para abastecimento. O ribeirão João Leite também colabora e neste momento, vive bons níveis para socorrer as cidades. A garantia que isso aconteceria foi dada pelo presidente da Saneago, Ricardo José Soavinski.
Com o abastecimento regular e com previsão de novas chuvas para os próximos dias, não haverá necessidade de medidas críticas para contenção da crise. “Claro que deixa todo mundo preocupado, mas o que eu poderia dizer é que está todo o abastecimento regular. Se continuar nessa linha, a previsão é que mais duas semanas deve começar a ter novas chuvas leves mas já vai dando uma regularizada”, destaca.