A estratégia do Vasco de se afastar de São Januário para evitar o clima eleitoral pode ter surtido o efeito político desejado, mas, em se tratando do lado financeiro, a opção pelo Maracanã tem causado prejuízo.
Nos dois jogos em que transferiu o mando de campo para lá, os bons públicos não foram suficientes para tirar o Vasco do vermelho.
No clássico com o Botafogo, dia 14 de outubro, 27.424 pagantes assistiram à vitória cruzmaltina por 1 a 0 e geraram uma receita de R$ 1.063.215,00. Porém, com a despesa alta, o lucro foi de apenas R$ 38.088,19.
Já no último sábado (21), no empate por 1 a 1 com o Coritiba, 30.351 pagantes acumularam uma renda de R$ 994.495,00. No equilíbrio da balança, o Vasco ficou com com um saldo negativo de R$ 56.067, 71.
Os principais custos do clube no estádio têm sido a taxa de aluguel, no valor de R$ 250 mil, e as despesas operacionais, que variam em torno de R$ 400 mil.
Não é um drama só do Vasco. Na semana passada, o Flamengo chegou a protestar publicamente por ter sido obrigado a jogar o clássico contra o time cruzmaltino no Maracanã.
Como os maiores rivais, os rubro-negros sofrem com taxas e têm constantes prejuízos quando utiliza o tradicional local.
Até o Fluminense, que se baseava em um acordo de 2013 para não pagar parte das taxas de administração, perdeu o direito em uma decisão judicial da última quarta (25).
Apesar de ter ficado no vermelho no somatório dos dois jogos, o Vasco deve mandar seu duelo com o Vitória, dia 5 de novembro, também por lá, uma vez que a partida acontecerá apenas dois dias antes da eleição vascaína.
Mesmo com a questão financeira, o técnico Zé Ricardo aprova as atuações no Maracanã. “Eu gosto muito de jogar no Maracanã, os jogadores também. Tem mais conforto para torcida também”, avaliou. (Folhapress)
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