O Santos sofreu por 77 minutos nesta quinta-feira (10) até garantir o gol da classificação para as quartas de final da Taça Libertadores. O time alvinegro foi dominado na maior parte tempo pelo Atlético-PR, que precisava da vantagem de dois gols para avançar, mas Bruno Henrique, já no final do confronto, decretou a vitória por 1 a 0 em um contra-ataque.
O meia-atacante completou para o fundo da rede um cruzamento de Ricardo Oliveira. Até o alívio do gol, a torcida presente na Vila Belmiro sofreu. E muito.
Não fosse Vanderlei, o Atlético-PR teria construído a vantagem para se classificar ainda no primeiro tempo. No primeiro confronto, em Curitiba, o Santos havia vencido por 3 a 2.
Com os paulistas dormindo em campo, os visitantes tomaram conta do jogo. A não ser por uma finalização de Bruno Henrique de fora da área aos 12 minutos, os donos de casa não fizeram nada.
O Atlético, sim. Ao explorar a velocidade pelas laterais e apertar a marcação quando o adversário tinha a bola, a equipe não deixou o Santos respirar. Passou toda a etapa inicial rondando a área de Vanderlei, que parecia em uma missão: provar que Tite errou ao não convocá-lo para a seleção brasileira que enfrentará Equador (em 31 de agosto) e Colômbia (5 de setembro), pelas eliminatórias.
Além das atuações ruins de seus laterais e da apatia de Lucas Lima, o principal problema santista era não ter saída de bola com a dupla de volantes. Yuri e Alison não conseguiam jogar ou marcar. Aos poucos, os torcedores começaram a mostrar irritação.
Esta teria sido maior se Vanderlei não tivesse protagonizado uma sequência de três defesas para evitar o gol de Paulo André, Fabrício ou Guilherme. Quando o goleiro foi, enfim, superado, Lucas Veríssimo apareceu para desviar em cima da linha arremate de Sidcley.
Para tentar mudar a condição do meio-campo da equipe, Levir Culpi tirou Yuri no intervalo e colocou o meia Jean Mota.
A substituição fez com que o Santos saísse para o ataque. Mas não muito porque o Atlético-PR continuou mandando no jogo e deveria ter aproveitado mais chances para finalizar não fosse a lentidão e falta de confiança do atacante Ribamar.
Os melhores momentos do Santos aconteciam em bolas aéreas na direção de Lucas Veríssimo. Ele ganhava a disputa contra a zaga adversária, mas sem acertar o alvo.
Os paranaenses faziam de tudo quando chegavam no ataque, menos o gol. Acertaram a trave com Jonathan, Éderson não dominou a bola na pequena área, Nikão chutou para fora quando estava livre, e Guilherme já saía para comemorar quando viu sua finalização raspar a trave esquerda.
O Santos precisou de um ataque para Bruno Henrique definir a classificação. Foi uma formalidade. O Atlético poderia jogar mais 90 minutos, mas não faria um gol.
A equipe santista se prepara agora para enfrentar na próxima fase o Barcelona do Equador, time que eliminou o Palmeiras da competição na última quarta-feira (9).
As datas ainda não foram definidas pela Conmebol.
SANTOS
Vanderlei; Victor Ferraz, Lucas Veríssimo, David Braz, Zeca; Yuri (Jean Mota), Alison, Lucas Lima; Copete, Ricardo Oliveira e Bruno Henrique. T.: Levir Culpi
ATLÉTICO-PR
Weverton; Jonathan, Thiago Heleno, Paulo André e Fabricio; Matheus Rossetto, Lucho González e Guilherme; Sidcley, Nikão e Ribamar. T.: Fabiano Soares
Estádio: Vila Belmiro, em Santos
Juiz: Mauro Vigliano (ARG)
Cartões amarelos: Guilherme (Atlético-PR)
Gols: Bruno Henrique (Santos), aos 32 minutos do segundo tempo