Ao disparar críticas sobre a decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) em escolher Daniel Vilela para a pré-candidatura à vice-governadoria em 2022 na chapa majoritária, o senador Vanderlan Cardoso, do PSD, busca ‘arrumar desculpa’ para trair o democrata e ignorar a aliança que ambos tem para lançar sua pré-campanha ao Governo do Estado. Essa é a avaliação que o presidente metropolitano do MDB, Carlos Alberto Júnior faz em entrevista ao Diário de Goiás nesta terça-feira (07/12).

“A gente vê com muita tristeza uma pessoa [Vanderlan Cardoso] que se diz da base do governador Ronaldo Caiado trabalhar contrário ao que o governador Ronaldo Caiado tem demonstrado a cada dia”, lamenta Júnior. “Mais uma vez o senador Vanderlan pensa primeiro nos interesses pessoais dele para depois pensar nos interesses coletivos da população em geral”, destaca o presidente do MDB em Goiânia.

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Para Carlos, tanto Caiado como o MDB estão juntos e unidos trabalhando em torno da gestão estadual buscando o melhor para os goianos. Na contramão, no entanto, Vanderlan ignora a administração para dar um salto em busca de seus projetos pessoais. “Enquanto nós do MDB e o governador Ronaldo Caiado estamos trabalhando para devolver o estado de Goiás aos goianos, o senador Vanderlan pensa somente em projetos pessoais e coloca esses projetos acima dos coletivos. A gente só lamenta e fica triste com essa demonstração de colocar os interesses pessoais acima dos da população goianiense”, pondera.

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Vanderlan tem ‘dor de cotovelo’ das derrotas para o MDB

Para Carlos, Vanderlan Cardoso tem ‘dor de cotovelo’ devido às últimas campanhas as quais concorreu com o MDB. “Todo mundo viu que isso é uma dor de cotovelo que ele tem devido à ele não ter assimilado a perca das duas ou três eleições que ele perdeu para o MDB. Isso é mais uma dor de cotovelo dele com o MDB do que ele realmente preocupado com Goiás e os goianos”, pontua. Em 2016, Vanderlan Cardoso, então candidato à prefeito de Goiânia perdeu o pleito para Iris Rezende (MDB). Em 2020, repetiu à missão e desta vez viu novamente a derrota para Maguito Vilela (MDB).

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Por outro lado, Vanderlan Cardoso foi eleito Senador da República, em 2018, numa chapa encabeçada pelo MDB, o que leva a uma dupla traição do ex-prefeito de Senador da República à legenda emedebista, avalia Carlos Alberto. “Essa traição já aconteceu há muito tempo. A partir do momento que ele foi candidato contra o Maguito Vilela, essa traição já foi consumada. Mas quem é do meio político e a população goiana já conhece bem o senador Vanderlan e a gente fica triste porque é um senador da República de Goiás que devia estar preocupado em trabalhar em prol dos goianos e ele está cada vez mais pensando apenas em ser candidato”, pontua.

Desculpa para trair Caiado

Presidente do MDB Metropolitano acredita que Vanderlan Cardoso trabalha para pavimentar sua candidatura ao Governo de Goiás e busca um motivo para poder romper com o governador Ronaldo Caiado. “Eu particularmente, acho que ele é candidato a governador e está arrumando uma desculpa para trair o governador Ronaldo Caiado, assim como fez com o MDB, ele está pronto para fazer com o governador Ronaldo Caiado”, destacou.

Por fim, Carlos avaliou que Vanderlan é “candidato profissional”. “O Vanderlan é candidato profissional. Toda campanha ele é candidato. Não interessa a quê: a prefeito, senador, governador… Ele não dá conta de ter um pleito que ele não coloque seu nome para concorrer. Ele é um candidato profissional”, pontua. 

Vanderlan Cardoso: Daniel Vilela deve ser ‘fritado’ da vice-governadoria

A entrevista do presidente do MDB em Goiânia ao Diário de Goiás é uma resposta ao senador Vanderlan Cardoso que em entrevista à Sagres, pontuou que Daniel Vilela estaria tendo sua pré-candidatura a vice-governador ‘fritada’. “A frigideira já está com óleo bem quente, só falta fritar”.

Vanderlan Cardoso endossou a sugestão dada pelo presidente da Codego, Renato de Castro, desafeto de Daniel Vilela em colocar Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador de Goiás, Iris Rezende Machado, no lugar do atual nome para o cargo.

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