O governador Marconi Perillo reafirmou que está determinado a cumprir o compromisso de realizar mudança conceitual na educação em Goiás como fez na área da saúde, para que o Estado possa oferecer educação de mais qualidade ainda às crianças e jovens. A entrevista foi coneceida na instalação do Clube da UNESCO em Goiás, nesta segunda, 29. Segundo Perillo, a transformação será realizada com auxílio da secretária estadual de Educação, Raquel Teixeira, e que estuda transferir a gestão das unidades escolares para Organizações Sociais (OSs), ou estabelecer Parcerias Público-Privadas (PPPs) e ampliar o número de colégios militares.
“Vamos procurar modelos múltiplos que nos assegurem a condição de darmos saltos na Educação”, disse Perillo.
Segundo a assessoria de imprensa do governo de Goiás, Marconi explicou que desde que convidou a secretária Raquel Teixeira para assumir mais uma vez a pasta da Educação, informou-lhe o compromisso de fazer uma mudança conceitual na educação, e passou a despachar com a secretária semanalmente para que estudassem os modelos que poderão ser adotados.
“Ela tem consciência do papel dela nessa transformação. Nós sabemos que existem resistências como existiam na Saúde, à época. As resistências eram muito fortes. Tivemos que quebrar paradigmas, mas hoje todo mundo que vai a um hospital administrado pelo governo do Estado percebe o tamanho da mudança que fizemos e a qualidade no serviço que estamos oferecendo”, observou.
O governador reiterou que enxergou, com o modelo adotado na saúde, que era possível melhorar a qualidade também da educação. “Uma das motivações da minha candidatura a governador em 2014 foi exatamente procurar um modelo, um conceito novo que pudesse transformar a educação de Goiás na melhor educação do Brasil. Nós já fomos a melhor educação em 2013, ficamos em primeiro lugar no Ideb no Ensino Médio, em segundo lugar no Ensino Fundamental. Mas eu tenho convicção de que é possível melhorar mais”, salientou.
Marconi afirmou que o modelo desejado, até o momento, é o de Organizações Sociais até onde for possível, mas ponderou que outras alternativas podem ser estudadas, sinalizando para a possibilidade de adoção de Parcerias Público-Privadas (PPPs), e expansão das escolas militares.
“As escolas militares são outra possibilidade em termos de eficiência no ensino. Estão entre os colégios melhor avaliados no Ideb. Não dá para fazermos somente esse modelo, não é o que eu quero, mas vamos procurar modelos múltiplos que nos assegurem a condição de darmos esses saltos”, declarou.
“O Estado investe alguns bilhões em folhas de pagamento e com custeio da Educação. Aliás, quando a professora Raquel assumiu a secretaria em 1999, nós usávamos 50% dos recursos do Fundef para pagar folha de pessoal da Educação. Hoje usamos 100% do Fundef para pagar a folha da Educação e o Tesouro ainda tem que complementar essa folha”, explicou Marconi, para completar, em seguida: “Então nós estamos buscando todas as alternativas para que tenhamos o professor valorizado, mas, ao mesmo tempo, para que tenhamos condições financeiras para fazer os avanços e, principalmente, instrumentos, ferramentas para que a educação goiana possa dar os saltos que desejamos”, sublinhou.
Marconi observou que a transformação na área da Saúde foi ainda mais difícil uma vez que a questão envolvia pacientes que às vezes se encontravam entre a vida e a morte e não podiam esperar. “Na Educação, às vezes as crianças podem esperar. Mas o fato é que se não se faz a mudança logo, essa criança vai ser comprometida para sempre. Na Saúde a urgência é maior porque por minutos uma pessoa perde a vida. Na Educação também lidamos com vida, com qualidade de vida. As pessoas, se tiverem uma boa instrução, formação, podem ter uma vida muito melhor, muito mais oportunidades”, sentenciou.
Ele ressaltou também que a mudança consiste em assegurar ao estudante de baixa renda que tenha a mesma qualidade que é oferecida por escolas privadas. “A minha única preocupação é essa, mudar conceitualmente para melhor. É que o estudante pobre estude numa escola com a qualidade da escola de rico sem pagar nada. Não muda nada em relação a gastos e a pessoas. Na Saúde é assim: as pessoas têm um hospital melhor, mas não gastam dinheiro. Então o que queremos é utilizar bem, sermos honestos com o dinheiro que arrecadamos em impostos e fazer a diferença mesmo. Eu estou determinado a fazer isso. Eu assisti e presidi mais de 50 reuniões da Força Tarefa na Saúde, e estou assistindo a mudança na Saúde. E tenho certeza de que se nós já fizemos muito na educação podemos fazer muito mais”, arrematou.