A METROBUS comunicou desistência da operação do Eixo Anhanguera até Trindade e Senador Canedo. A empresa alega que opera com prejuízo e que o percentual recebido por ela para transportar os passageiros não é suficiente para cobrir os custos.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o prefeito de Senador Canedo, Divino Lemes, coloca que a saída do Eixo vai trazer de volta a superlotação. “Se não for ônibus articulados terão que voltar os ônibus curtos e colocar mais ônibus, mas voltaremos a ter ônibus superlotados. Nós enquanto prefeitura estamos dispostos a ser parceiros, não na função de ajudar financeiramente, mas o problema não é andar num ônibus de propriedade do Estado ou privado, mas é ter um ônibus limpo, acessível e em condições humanas e de trânsito”, destaca.
“Eu vejo com sentimento de tristeza e de prejuízo a população, porque mesmo que entre outro ônibus articulado na linha e atenda, a qualidade vai diminuir e isso é prejuízo para o nosso povo”, acrescenta.
Para o prefeito a decisão não tem volta, mas é preciso ter o transporte para a população das cidades prejudicadas. “Governos existem para sanar diferenças e quando o governo gasta num serviço para a população que está sofrendo, ele não está gastando e sim investindo na qualidade de vida das pessoas”, afirma.
Em contrapartida o prefeito de Trindade, Jânio Darrot afirma que a saída do Eixo Anhanguera é absurda. “Temos a informar que não permitiremos que sejam prejudicados os usuários do transporte coletivo que utilizam a extensão do Eixo Anhanguera para se deslocarem no trecho Goiânia, Trindade, Goianira e Senador Canedo”, disse em nota.
Darrot não acredita que o governador Ronaldo Caiado concorde com a decisão. “Com a tese absurda do presidente da Metrobus, Sr. Paulo César Reis, quando este afirmou que a parte do déficit da Metrobus é “culpa” das extensões do Eixo”, conclui.