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Categorias: Política
| Em 5 anos atrás

“Vai destruir a carreira (dos professores)”, diz Bia sobre decisão de Caiado

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Governo de Goiás e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) não chegaram a um acordo sobre as demandas da categoria em reunião realizada nesta segunda-feira (9). Os pedidos foram apresentados pela presidente da entidade, Bia de Lima, como contrapartida à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que inclui a Universidade Estadual de Goiás (UEG) nos 25% de vinculação constitucional para a educação.

Os professores tentaram negociar junto ao governador Ronaldo Caiado (DEM) o pagamento do piso salarial do magistério, que teve valor reajustado para R$ 2.557, 74 em janeiro deste ano. Em entrevista ao Jornal ‘O Popular’, a presidente do Sintego relatou que o governador estava inflexível quanto à proposta do sindicato.

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“O governador não quer reajustar o piso para toda a categoria, só para os que ainda não recebem, o que não atinge 3% dos professores. Não vai garantir a data-base. Não vai fazer as progressões. E ainda quer que a gente engula a redução da vinculação. É o caos absoluto. Ele só quer que a gente acate os interesses do Executivo, sem dar nada em troca. E vai destruir a carreira, porque quando não concede para todos, há um achatamento e o piso vira teto”, disse Bia.

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Na reunião, Caiado foi acompanhado pela secretária de Economia, Cristiane Schmidt, os presidentes do TCE, Celmar Rech, do Tribunal de Justiça, Walter Carlos Lemes, do Ministério Público, Aylton Vechi, e da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSB). “

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“Chamou-os para dizerem que estão fechados com ele e obrigar o Sintego a engolir uma situação como essa. Explicitamos que o que eles querem é destruir em definitivo aqueles que já estão destruídos com seus salários baixos. O governo armou um circo para dizer que o Sintego tinha que concordar e aceitar a inclusão da UEG nos 25%”, disse Bia.

A presidente do Sintego declarou que Caiado não está aberto ao diálogo. “O governo sequer está raciocinando. Ele não está olhando para as questões sociais de médio e longo prazo. Estão olhando exclusivamente para o interesse momentâneo e dizer que saneou as contas. A que custo? Destruir a Educação em Goiás? Eles não aceitam e não apresentam nenhuma contraproposta”, reclamou.

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A PEC da Educação tem previsão para ser votada em primeiro turno nesta terça-feira (10). O Sintego já declarou que acompanhará a sessão plenária que deve apreciar a matéria e informou que deve realizar assembleia para definir ações da categoria em caso de aprovação da PEC. De acordo com Bia de Lima, uma greve não está descartada.

 

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Rafael Tomazeti

Jornalista