Vacina de Oxford pode ter primeiras doses entregues no Brasil em fevereiro. (Foto: AstraZeneca)
A vacina contra a Covid-19 da Universidade de Oxford, desenvolvida em parceria com o laboratório AstraZeneca, foi a primeira a ter os resultados preliminares da fase 3 de estudos clínicos publicados em uma revista científica. Nesta terça-feira (8), os dados saíram na ‘The Lancet’.
A publicação significa que os resultados passaram por revisão de pares (outros cientistas).
As informações ainda são preliminares e já haviam sido divulgados pela farmacêutica em novembro. A eficácia média da vacina é de 70,4%. Porém, em um grupo que recebeu uma dose menor, a eficácia chegou a 90%. Se administrada com duas doses completas, a eficácia do imunizante foi de 62%
Esta análise reúne dados dos ensaios no Brasil e no Reino Unido. Conforme a publicação, a vacina não causou eventos adversos relevantes nos voluntários. No grupo que foi vacinado, não houve internações ou casos graves da covid-19. Dos voluntários que receberam placebo, houve dois casos graves e uma morte.
Os pesquisadores analisaram os dados de 11.636 pessoas vacinadas. Dessas, 8.895 receberam as duas doses completas, e 2.741 receberam a meia dose seguida de uma dose completa. Os cientistas afirmaram que a eficácia da vacina nos participantes acima de 56 anos não foi avaliada, mas será determinada em análises futuras. Eles também investigam o potencial do produto para prevenir casos assintomáticos da doença.
A vacina ChAdOx1 é a principal aposta do governo federal contra a doença. O Brasil tem acordo para compra de 210 milhões de doses, sendo 30 milhões até o fim de fevereiro, 70 milhões até julho e 110 milhões no segundo semestre do próximo ano.