A Polícia Civil cumpriu na manhã desta quinta-feira (12) 19 mandados de busca e apreensão no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), no Instituto Goiano de Oncologia e Hematologia (Ingoh) e outros endereços na capital.
As ações ocorreram no âmbito da Operação Metástase, deflagrada pelo Grupo Especial de Combate à Corrupção (Geccor), que investiga suspeitas de fraude em pagamentos indevidos ao Ingoh, que chegariam a mais de R$ 50 milhões. A Polícia suspeita que tenham sido realizadas até procedimentos quimioterápicos sem necessidade para alimentar um esquema.
A operação nasceu após uma auditoria realizada pelo Instituto de Assistência dos Servidores Públicos de Goiás (Ipasgo), que apontou irregularidades. A Polícia investiga sócios e funcionários do Ingoh, além de antigos servidores da cúpula do Ipasgo por se associarem para cometer fraudes.
Há a suspeita de uso de auditor robô, que faria auditoria automática nas contas do Ingoh. Com isso, havia ausência de glosas, que são faturamentos não recebidos ou recusados nas organizações de saúde, por problemas de comunicação entre clínicas e convênios.
Em nota, o Ipasgo afirmou que “tem apoiado de forma incondicional o andamento das operações” e garantiu que todas as informações requisitadas pela Polícia ou órgãos de controle têm sido fornecidas. O órgão também disse que “espera que todos os fatos relativos a tais denúncias sejam adequadamente apurados”.
Ingoh
O Ingoh, por meio da assessoria de imprensa, informou que o presidente do Instituto, Yuri Vasconcelos, e o advogado Iure de Castro irão atender a imprensa em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13), para esclarecer informações a respeito das investigações.
“É de total interesse da diretoria do Ingoh que todos as dúvidas sejam esclarecidas, sem que haja espaço para questionamentos indevidos por parte da imprensa e toda a sociedade goiana”, afirmaram em nota enviada aos veículos de comunicação
*Notícia atualizada às 17h48