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Unicef diz que 100 mil crianças estão presas entre fogo cruzado no Iraque

Aproximadamente 100 mil crianças estão presas no fogo cruzado na cidade de Mossul, a segunda maior do Iraque, onde há conflitos entre o Estado Islâmico e forças americanas e iraquianas, alertou nesta segunda-feira (5) a Unicef (Agência das Nações Unidas para a Infância).

Segundo o representante da Unicef no Iraque, Peter Hawkins, a agência tem recebido “relatórios alarmantes” de mortes de civis -incluindo crianças- enquanto tentam fugir dos confrontos.

“Crianças estão sendo mortas, feridas e usadas como escudos humanos. Elas estão experimentando e testemunhando uma violência terrível que nenhum ser humano jamais deveria testemunhar “, disse Hawkins. “Em alguns casos, as crianças foram forçadas a participarem da luta e da violência”, acrescentou.

Hawkins também convocou as partes em conflito a “protegerem as crianças e mantê-las fora de perigo em todos os momentos, de acordo com as obrigações do direito humanitário”.

Com o apoio da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, o Iraque lançou em outubro de 2016 uma ofensiva militar de grande escala para recuperar Mossul e áreas vizinhas -os últimos grandes redutos do Estado Islâmico no país. A metade oriental da cidade foi declarada liberada em janeiro deste ano, e o “empurrão” para a metade ocidental começou no mês seguinte.

Em maio, a ONU estimou que cerca de 250 mil pessoas estão retidas em uma área densamente povoada de pouco menos de 20 km² e completamente cercada pelas forças iraquianas. Acredita-se que até 2.000 combatentes do EI continuem lutando. A falta de alimentos e os ataques aéreos e da artilharia são o maior drama relatado por quem consegue deixar Mossul.

Também nesta segunda (5), um grupo internacional de direitos humanos informou que pelo menos 26 corpos de homens “com os olhos vendados e com algemas” foram encontrados em áreas controladas pelo governo e em torno de Mossul.

Segundo a ONG Human Rights Watch, forças armadas locais afirmaram que, em 15 dos casos, os homens foram mortos extrajudicialmente por forças do governo.

“A falta de qualquer ação aparente do governo para investigar essas mortes mina as declarações do governo sobre a proteção dos direitos dos detidos”, disse Lama Fakih, vice-diretora do Oriente Médio da ONG.

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Laura Santos Braga

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