O São Paulo vai ter de acelerar a busca por um fornecedor de material esportivo, já que Under Armour acertou a rescisão com o clube.
A empresa tinha acordo com o clube por mais dois anos, mas queria negociar uma redução nos valores definidos quando da assinatura do contrato, em 2014.
Procurada pela reportagem, a Under Armour não quis comentar “assuntos contratuais ou qualquer eventual negociação”, sem confirmar a rescisão.
Extra oficialmente, a empresa não descarta até a possibilidade de continuar por mais um tempo no clube, com a redução de valores, ou até que o São Paulo encontre um outro parceiro.
Desde que a empresa apresentou o desejo de rescindir, em setembro, o clube tricolor busca um acordo com uma nova parceira. O clube conversou com Adidas, New Balance, Umbro e Penalty para substituir a marca americana, mas até agora todas as ofertas ficaram abaixo do esperado.
A Under Armour também estava insatisfeita com os números de venda de produtos e a suposta falta de empenho do São Paulo na promoção. Já o São Paulo, alegava que a empresa atrasou pagamentos, como uma parcela de R$ 6 milhões, e não cumpriu a sua parte na distribuição de produtos.
Desde o início o acordo gerou polêmica. Um empréstimo tomado ainda na gestão Carlos Miguel Aidar fez o São Paulo, desde 2014, receber R$ 2 milhões a menos que o previsto no contrato da Under Armour, fornecedora de material esportivo do clube tricolor. Mais importante parceira do clube à época, a empresa forneceu um adiantamento de R$ 10 milhões que, até hoje, era descontado na parceria.
Em 2014, quando o acordo foi assinado, uma comissão de 15% a ser paga para a empresa Far East gerou polêmica, já que tiraria quase R$ 18 milhões dos cofres do clube. No fim, em 2015 a companhia desistiu da remuneração. Anualmente o clube tricolor recebia quase R$ 16 milhões pelo patrocínio e mais R$ 12 milhões em material esportivo.