Em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, 23, o governador Ronaldo Caiado (UB), questionado pelo Diário de Goiás sobre o seu envolvimento na reta final da campanha para o segundo turno das eleições em Goiânia, disse que o eleitor deve refletir bastante antes de votar. “Não se pode votar em uma fraude”, frisou o gestor, se referindo à falsificação de informações prestadas pelo candidato Fred Rodrigues (PL).
“Se o cidadão apresenta um currículo pra você, onde ele falsifica os dados, o estado civil e de profissão, você vai contratá-lo?”, questionou Caiado, com a afirmativa de que o adversário de Sandro Mabel (UB) teria mentido informações sobre o seu estado civil, de formação, dentre outras. “A PUC já deixou oficialmente colocado que ele não formou naquela profissão. Ele não é bacharel em Direito“, pontuou, sobre a alegação de Rodrigues, ao debate da TV Record, de que seria formado no curso.
Trata-se, de acordo com o governador, de crime de falsidade ideológica. “É uma fraude. E ninguém pode votar na fraude. Eu acho que esse é um momento de muita responsabilidade. Não se pode votar em uma fraude”, observou Caiado. “A pessoa, para fraudar um documento do Tribunal Regional Eleitoral e se colocar como candidato, é a desmoralização completa”, ponderou o gestor, com a ressalva de que as informações prestadas por Fred Rodrigues demonstram “má fé” do candidato.
“Se um cidadão se comporta com atitudes de má fé, de falta de caráter, como é que ele pode ser candidato à prefeito e assumir a Prefeitura, se ele falseou e não apresentou também os dados da sua campanha eleitoral e foi cassado? Então, ele tem uma somatória de situações e crimes que realmente o impede de ser candidato ou de ser prefeito de Goiânia. A fraude não pode ocupar amanhã a Prefeitura”, pontuou. “Se isso não for suficiente para inibir o voto a essa pessoa, fica difícil fazer política na capital”, salientou o governador.
Justificativa
Em debate na manhã desta quarta-feira, 23, realizado pela Rádio CBN em parceria com o jornal O Popular, Rodrigues confirmou não possuir diploma. Segundo o candidato, sua alegação à Record foi a de que ele teria formação nas grades curriculares do curso, apenas. “Não falo que eu tenho diploma. Eu disse que me formei nas grades curriculares e nas matérias do curso de Direito”, disse.
“Nunca falei que eu tenho diploma de Direito, nunca falei que eu sou advogado e não tenho interesse nenhum, porque eu não tenho ganho pessoal nisso. Até porque eu comecei a atuar em outra área, na área digital e de comunicação”, salientou Fred Rodrigues.