Não é novidade que a Cidade do México, capital do México, uma das mais populosas do mundo com mais de 22 milhões de pessoas, enfrenta uma crise de água. Atualmente cerca de 60% da água da cidade vem de um aquífero subterrâneo que está sendo explorado de forma excessiva e, agora, além de estar afundando, a metrópole pode ficar sem abastecimento daqui a alguns meses.

A situação piora já que a região está há anos com chuvas anormalmente baixas, períodos de seca mais longos e temperaturas elevadas. De acordo com uma reportagem da CNN, ametrópole começou a sofrer, das autoridades, restrições significativas ao consumo de água bombeada dos reservatórios. Com isso, vários bairros sofrem com a falta de água há semanas, sendo que ainda faltam quatro meses para o início das chuvas.

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Sobre o afudamento da Cidade do México, ele acontece por ter sido construída num solo rico em argila que, além de ser propenso a terremotos e altamente vulnerável às alterações climáticas. É talvez um dos últimos lugares que alguém escolheria para construir uma megacidade hoje. A questão é que o local foi escolhido há milênios, já que os astecas decidiram a região para construir a cidade de Tenochtitlan em 1325, quando era uma série de lagos. Construíram numa ilha, expandindo a cidade para fora, construindo redes de canais e pontes para trabalhar com a água.

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Depois disso, os espanhóis chegaram, destruíram grande parte da cidade, drenaram o leito do lago, encheram canais e destruíram florestas e, então tudo começou até chegar à situação atual. Além de tudo, a água da chuva ainda se esvai pelas superfícies impermeáveis da cidade, em vez de afundar no solo.

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Ainda sobre o abastecimento da metrópole, os 40% resto da água que vai para a cidade é bombeado a grandes distâncias colina acima, a partir de fontes fora da cidade mas que, por ser um processo ineficiente, faz com que quase metade da água seja perdida através de vazamentos.

No fim das contas, as informações divulgadas são de que quase 90% da Cidade do México está passando por uma seca severa, que deve piorar mesmo com o início da estação chuvosa. A piora se dá pela tendência do que vem ocorrendo no mundo graças ao aquecimento global.

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Com tudo isso, a crise chegou a um nível em que a falta total de água, conhecido como “dia zero”, pode chegar em 26 de junho. As autoridades, no entanto, garantem que isso não acontecerá. Mesmo que não aconteça, especialistas alertam que milhares ou até milhões de habitantes Cidade do México continuará sofrendo com a falta de água.

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