Publicidade
Brasil
| Em 10 meses atrás

Um ano após atentado, obras de patrimônio depredadas por golpistas serão restauradas

Compartilhar

Um Acordo de Cooperação Técnica firmado com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) vai restaurar 20 obras do acervo da Presidência da República danificadas durante o ato golpista de 8 de janeiro. Quase um ano após o atentado, alguns peças ainda continuam esperando por restauração.

Para facilitar o trabalho das equipes do Iphan, um laboratório foi montado no subsolo da capela do Palácio da Alvorada, especialmente para garantir a revitalização e recuperação de obras de patrimônio público depredadas pelos atos de vandalismo. De acordo com o curador dos palácios presidenciais, Rogério Carvalho, 20 itens serão revitalizados. “Fizemos contato com Leandro Grass (presidente do Iphan) e ele nos ajudou com essa parceria. São 20 obras que serão restauradas no laboratório montado no subsolo da capela do Palácio da Alvorada”, destacou.

Publicidade

De acordo com Carvalho, o Iphan assumiu todos os custos e os trabalhos são realizados por uma equipe de dez restauradores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). O órgão produziu laudos sobre o estado de conservação dos bens danificados, entre eles uma obra de Di Cavalcanti, peças da época do Brasil Império e até artefatos importados, como um Relógio histórico de Balthazar Martinot.

Publicidade

O relógio Balthasar Martinot é datado do século XVII e foi produzido na Suíça. A peça será revitalizada no país de origem. A partir de um Acordo de Cooperação Técnica formalizado com a Embaixada da Suíça no Brasil foi apresentada uma iniciativa para restauração feita em conjunto com especialistas suíços.

Publicidade

Um produtor suíço de relógios de longa tradição e experiência ofereceu o apoio de alguns dos maiores especialistas e artesãos para a restauração. Numa primeira avaliação, levando em conta os graves danos sofridos e as características e complexidade do relógio, identificou-se que será necessário o engajamento de vários especialistas.

Segundo nota divulgada pela embaixada, os graves acontecimentos “despertaram profunda emoção na Suíça, assim como forte solidariedade com as instituições e a democracia brasileira. A Embaixada da Suíça em Brasília apresentou à Presidência da República uma iniciativa de restauração do patrimônio, parte fundamental da identidade e da memória do país”.

Publicidade
Publicidade
Luana Cardoso

Atualmente atua como repórter de cidades, política e cultura. Editora da coluna Crônicas do Diário. Jornalista formada pela FIC/UFG, Bióloga graduada pelo ICB/UFG, escritora, cronista e curiosa. Estagiou no Diário de Goiás de 2022 a 2024.