A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 300 mil brasileiros morrem anualmente de doenças cardiovasculares, ou seja, um óbito a cada dois minutos. Pensando a necessidade de um diagnóstico rápido e acessível, a Universidade Federal de Goiás (UFG) acaba de desenvolver o DeepCardio, um sistema que por meio de Inteligência Artificial encontra anomalias nas válvulas cardíacas, a fim de facilitar o atendimento médico.
Com uma interface simples e intuitiva, o aplicativo capta o som emitido pelo coração por meio de um microfone comum acoplado num estetoscópio médico, e o converte em espectrograma. Em seguida, uma rede neural nomeada convolucional Inception V3 analisa o áudio e exibe a classificação “Normal” e “Anormal”, indicando a possibilidade de um problema valvar.
Segundo o pesquisador responsável pelo projeto, Sandro Moreira, a solução proposta apresentou precisão de 86%, além de se mostrar uma ferramenta alternativa bastante acessível à população. “O exame poderá ser realizado em consultório, em casa, por cuidadores, por enfermeiros e até por agentes de saúde. Com isso, identificam-se pacientes em potencial que deverão realizar os tratamentos necessários”.
Parceria
O aplicativo analisa uma base de dados disponibilizados pelo site Physionet Challenge 2016, que armazena diversas gravações de sons de coração de indivíduos de todo o mundo, saudáveis ou com doenças patológicas, coletados não só em ambientes médicos. “Foram usadas mais de 4 mil gravações de mais de 1.700 pessoas no treinamento da rede. Após uma triagem, 300 gravações foram selecionadas especificamente para os testes”, afirma.
(informações UFG)