SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Uefa decidiu nesta terça-feira (3) reabrir a investigação sobre o fair play financeiro envolvendo o Paris Saint-Germain. A entidade máxima do futebol europeu afirmou, por meio de nota em seu site oficial, que a decisão de absolver o clube francês há 20 dias será revisada por um tribunal.
Em nota, o clube francês informou que continuará ajudando nas investigações, além de citar vendas recentes para se enquadrar no fair play financeiro.
“O clube declara que fez um número significativo de transferências nos últimos dias para cumprir a decisão e que continuará, desde 1º de setembro de 2017, a fornecer todas as informações solicitadas”, disse o PSG.
A Uefa abriu a investigação em setembro passado, após o PSG desembolsar € 222 milhões para contratar o atacante Neymar, então jogador do Barcelona.
O clube de Paris diz ter uma receita anual de cerca de € 500 milhões. Pelas regras, o clube pode gastar na temporada até 5% mais do que isso -algo em torno de € 520 a 550 milhões-, incluídos entre essas despesas todos os gastos com o time, contratações, salários, luvas, premiações e outros. Com um aporte dos donos, esse número poderia aumentar para cerca de € 650 milhões, no máximo.
Além de contratar Neymar, o PSG terá de desembolsar € 180 milhões para contratar Mbappé em definitivo. O clube fechou com atacante por empréstimo com valor de compra fixado.
No último dia 13, a Uefa concluiu, após uma investigação, que não que não houve irregularidade por parte do clube francês nas últimas três temporadas. Na ocasião, a entidade informou que o PSG precisava arrecadar cerca de € 60 milhões em vendas de jogadores nesta temporada. A medida serviria para mostrar que as finanças do clube estão balanceadas.
“O impacto financeiro das atividades de transferência a partir do verão de 2017 -até a próxima janela de transferências- e o cumprimento do requisito de equilíbrio para o exercício financeiro de 2018 permanecerão sob um exame minucioso e serão cuidadosamente analisados nas próximas semana”, informou a Uefa, em nota.
A Uefa, agora, cita um possível irregularidade na relação entre o PSG e autoridades do Qatar. Vale lembrar que o presidente do clube, Nasser Al-Kheilafi, é nascido no Qatar.
No fim do mês passado, a Uefa decidiu eliminar o Milan de competições continentais por duas temporadas. O clube, de acordo com a Uefa, violou as regras de fair play financeiro. (Folhapress)