Os 330 policiais formados no Serviço de Interesse Voluntário Militar (SIMVE) atuarão principalmente no chamado policiamento comunitário. A intenção é que os militares reforcem na capital a ronda de quarteirão, policiamento na porta de comércios e residências.
Esta é a quarta turma do Serviço de Interesse Voluntário Militar. Hoje o SIMVE conta com 2092 homens. A intenção é que até março o número suba para 2418.
Segundo o comandante geral da Polícia Militar, coronel Sílvio Benedito Alves, os policiais serão enviados para a região noroeste e central, no caso de Goiânia. Pela primeira vez, os municípios do interior receberão militares do SIMVE. Eles atuarão em Iporá, Jataí, cidade de Goiás e Catalão.
“Nós temos alguns municípios que eventualmente ainda não receberam o crescimento de efetivo, municípios nas regiões de divisa ou com menor índice de criminalidade que não foram priorizados nas etapas anteriores de lotação e agora passam a receber”, afirma o secretário estadual de Segurança Pública, Joaquim Mesquita.
Já em Goiânia, alguns homens serão lotados no novo Centro Integrado de Inteligência para atender ligações do COPOM da PM.
O secretário avalia que outro objetivo do SIMVE é trabalhar a sensação de segurança das pessoas.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ingressou em setembro, com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) contestando a lei estadual de institui o SIMVE. O caso está no Supremo Tribunal Federal (STF), o relator é o ministro Luiz Fux.
O secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, afirmou que o Estado tem argumentos suficientes para provar que o SIMVE é legal. Questionado pelo Diário de Goiás as consequências para a população caso fosse confirmada a inconstitucionalidade.
“O prejuízo não é imediato, até porque nenhuma decisão neste sentido teria uma eficácia imediata. Mas é evidente que se chegasse a um momento em que tivéssemos que desfazes o programa, nós teríamos mais de dois mil homens nas ruas. Mas eu penso é um cenário difícil de realizar”, destaca Joaquim Mesquita.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, informou que o Estado tem a intenção de fazer novos concursos para a Polícia Militar. A intenção é aumentar o efetivo da corporação. No entanto, um dos problemas é a demora nos certame, por isso o SIMVE seria importante para atender a população.
“Vamos fazer as duas coisas. O trabalho do SIMVE é mais barato e mais rápido. São homens fortemente treinados nas forças armadas. Queremos aproveitar esta mão de obra qualificada. Ao tempo em que nós vamos realizando concursos que são mais demorados. Cada um demora de dois a dois anos e meio. Vamos fazer os concursos, mas vamos continuar tendo as forças do SIMVE”, relata Perillo.
Entrega de Viaturas
Durante a solenidade de formatura do SIMVE foram entregues 85 viaturas modelo Ford Ranger, que renovarão a frota de veículos da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas), Bope (Batalhão de Operações Especiais), COD (Comando de Operações de Divisas), Graer (Grupo de Radiopatrulha Aérea), Choque, CPEs (Companhias de Policiamento Especializado) e Grupos de Patrulhamento Tático (GPTs).
Também foram entregues para o Comando de Policiamento Ambiental oito canoas de 5 metros, seis carretinhas modelo “berço” e seis motores de 15hp’s.
{youtube}GBhtwMZsh1I {/youtube}
Relacionadas
SSP diz ter convicção da legalidade do SIMVE e recorrerá de decisão de juiz
MP recomenda suspensão do processo seletivo do Simve à PM
Governador confirma manutenção do Simve