O vice-governador de Goiás, José Eliton de Figuerêdo Júnior, presidente regional do PP, concedeu entrevista coletiva esta terça-feira (17), às 10 horas, no Auditório Costa Lima, da Assembleia Legislativa de Goiás. O evento foi coordenado pelo Clube dos Repórteres Políticos de Goiás, presidido pelo repórter Divino Olávio.
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Na ocasião, o vice-governador foi questionado sobre os próximos passos do PP em relação aos filiados do partido que foram apontados como possíveis envolvidos no esquema de corrupção da Lava Jato. José Eliton afirma que conversou com os dois deputados, Roberto Balestra e Sandes Júnior, e que o partido deu um crédito de confiança aos parlamentares.
“Independentemente da condição de presidente do partido ou de político, como cidadão brasileiro eu fico extremamente incomodado com todos esses episódios que a imprensa vem destacando ao longo dos últimos meses. Já me posicionei publicamente em relação aos dois parlamentares, deputado Roberto Balestra e deputado Sandes Júnior, externando apoio. Claro que caberá a eles fazer a sua defesa, apresentar os seus argumentos num órgão competente. Nós esperamos que ao final, todos os dois possam efetivamente provar a sua inocência“, disse.
No entanto, caso algum dos deputados ou os dois sejam julgados e condenados culpados, o presidente do PP informou que o partido tomará as devidas providências, inclusive com expulsão dos filiados. “Nós temos que nos posicionar e o nosso posicionamento é muito claro“.
O vice-governador também ressaltou que não devem ser feitos juízos de valor, considerando os deputados já culpados sem antes terem sequer apresentado defesa. “Nós defendemos com muita ênfase, não só com relação aos filiados do PP, mas em relação a todos os acusados que sejam a eles garantido o amplo direito de defesa“.
Questionado sobre o que poderia ser feito para tentar combater e diminuir a corrupção no Brasil, José Eliton destacou que a primeira coisa seria realmente cumprir as leis que já existem. O vice também defendeu uma postura diferente do Judiciário e a necessidade de agilizar os processos que estão em andamento.
“A questão da corrupção que existe no Brasil é dar efetividade nas leis que já existem. O que precisa é que o Judiciário tenha agilidade nos processos que já existem nos procedimentos da lei. O que nós podemos discutir é a ampliação das penas para determinados crimes relacionados a atos de improbidade, corrupção. Mas não adianta ter prisão perpétua ou pena de morte se o Judiciário não fizer efetivar essa pena“, pontuou.
José Eliton ficou à disposição da imprensa para responder perguntas de ordem política e administrativa, sobretudo referentes às suas primeiras ações como Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Científico e Tecnológico e de Agricultura, Pecuária e Irrigação.
A propósito, José Eliton esteve recentemente nos Estados Unidos, liderando pela primeira vez uma missão comercial na condição de Secretário de Estado. Inclusive, formalizou a ideia de, em setembro próximo, organizar um evento em Nova York, para municiar investidores norte-americanos com mais informações sobre as potencialidades do Estado de Goiás.
Nessa primeira missão comercial comandada por ele, José Eliton acertou a visita de investidores norte-americanos a Goiás, antes do evento que organizará nos Estados Unidos.
De acordo com o secretário, serão realizadas dez viagens comandadas por ele ou pelo governador Marconi Perillo para diversos países em busca de aproximação comercial, para atrair investimentos entre outros. A próxima viagem terá como destino Portugal.