A Procuradoria alemã informou nesta quinta-feira (29) que foi liberado o tunisiano de 40 anos detido no dia anterior, após determinar que ele não estivera em contato com Anis Amri, o principal suspeito do ataque terrorista a um mercado de Natal de Berlim ocorrido na semana passada.
O tunisiano, que não teve o nome divulgado, foi preso nesta quarta (28) sob suspeita de ter o número do telefone salvo no celular de Amri, de 24 anos, também tunisiano. Isso levou os investigadores a suspeitar de um envolvimento no atentado com um caminhão que deixou 12 mortos.
Mas a porta-voz da Procuradoria, Frauke Köhler, afirmou nesta quinta que o homem “não é esse possível contato de Anis Amri”.
Amri foi morto a tiros pela polícia italiana em Milão dias após o ataque.
Segundo a revista alemã “Focus”, fontes na polícia de Berlim dizem que um telefone celular achado no caminhão tinha mensagens de voz enviadas por Amri a suspeitos do Estado Islâmico dez minutos antes do atentado.
Autoridades ainda tentam descobrir o caminho feito por Amri em sua fuga de Berlim a Milão. A promotoria holandesa afirmou que tem indícios de que o tunisiano passou pelo país. A polícia holandesa também investiga se ele comprou um chip de celular achado com ele na Holanda.
Autoridades francesas disseram que é possível que Amri tenha passado por Lyon, na França.
Um caminhão atingiu um mercado de Natal lotado no centro de Berlim na noite de segunda-feira, 19 de dezembro.
O caminhão entrou na feira em um dos horários de maior movimento, quando crianças e adultos se juntam nos tradicionais estandes de madeira que vendem comida e produtos de Natal numa celebração anual que ocorre por toda a Alemanha e por outros países do centro da Europa.
A carreta tinha placa polonesa e vinha da Itália em direção à Polônia quando fez uma parada em Berlim.
A feira de Natal alvo do ataque, ao lado da igreja Kaiser-Wilhelm, voltou a funcionar no último dia 22.
Folhapress