Após liberarem dois suspeitos de ligação com o ataque a um mercado natalino em Berlim que deixou 12 mortos nesta segunda-feira (19), as autoridades alemãs agora procuram um tunisiano. O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, confirmou no fim da manhã a busca por um novo suspeito.
O jornal alemão “Sueddeutsche Zeitung” afirmou que o homem teria contato com Abu Walaa, ideólogo ligado a redes islâmicas.
De acordo com a revista alemã “Der Spiegel” o documento de um homem nascido na Tunísia foram encontrados sob o assento do motorista do caminhão.
A revista não citou a fonte da informação, mas diz que o papel, que pode ser falso, estão no nome de Anis A., nascido em Tatouine em 1992.
Segundo os jornais “Bild” e “Allgemeine Zeitung de Mainz”, ele tem entre 21 e 23 anos e é conhecido por três nomes diferentes. O “Bild” afirma ainda que o tunisiano já era conhecido pela polícia como um indivíduo potencialmente perigoso e parte de uma grande rede islâmica.
O papel achado no caminhão é expedido para migrantes ao qual foi negado o pedido de asilo sem que, por isso, fosse expulso.
A polícia alemã prendeu outro suspeito no início desta quarta-feira (21), mas o homem foi solto posteriormente, relatou a rede alemã RBB.
Na noite de terça-feira (20), as autoridades também libertaram um paquistanês postulante a asilo que foi preso no local do incidente pouco após o ataque. Oficiais alertaram que o agressor ainda está foragido e possivelmente armado.
A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou o ataque nesta terça-feira (20)
Mesmo antes da reivindicação do Estado Islâmico, o governo alemão vinha tratando esse caso, que deixou 48 feridos, como atentado.
A chanceler Angela Merkel visitou o local das mortes e afirmou que “ainda há muito que não sabemos com certeza o suficiente, mas precisamos supor que se trate de um ataque terrorista”.
Um caminhão atropelou o público de um tradicional mercado natalino de Berlim na segunda-feira por volta das 20h do horário alemão (às 17h em Brasília).
O suposto ataque ocorreu entre barracas servindo vinho quente e salsichas, diante da igreja Kaiser Villhelm. A polícia encontrou o cidadão polonês Lukasz Urban, 37, morto dentro do veículo, com evidências de facadas e tiros. Ele seria o motorista original do caminhão.
A empresa polonesa responsável pelo veiculo diz que Urban desapareceu durante a tarde de segunda-feira. O veículo teria sido roubado e utilizado no atentado.
(Folhapress)