Em Anápolis, o PSDB definiu pelo nome do advogado Hélio Lopes, ex-presidente do Ipasgo e da Apae, para presidir a comissão provisória que dará origem ao novo diretório municipal do partido, e articular sua pré-candidatura à prefeitura em 2024. A definição saiu após desentendimentos na legenda e foi determinada pelos presidentes do diretório nacional, Marconi Perillo, e estadual, Hélio de Sousa, segundo o próprio Hélio Lopes.
Desde terça-feira (12) os tucanos de Anápolis vinham debatendo a mudança. O foco era reoxigenar a legenda na cidade, trocando o então presidente da comissão provisória, João Gomes, cujo mandato havia vencido, pelo nome do advogado. Na ausência de consenso, foi indicada a nova composição com Hélio Lopes no comando, e o empresário anapolino, Ridoval Chiareloto, membro histórico do PSDB, na vice.
Ao Diário de Goiás Lopes disse que esperava pela definição desde a convenção estadual do PSDB, no final de outubro, quando se filiou na legenda. Ele confirmou que enfrentou resistência da comissão provisória que estava instalada, considerando natural que outros nomes tivessem pretensão de disputar a prefeitura.
Ele próprio cita os nomes de Wesley Silva, João Gomes e Michel Roriz (da coligação com o Cidadania), como nomes que eram cotados para uma disputa majoritária em 2024 em Anápolis. “Mas, agora, com meu nome na presidência, resta ele para uma pré-candidatura [tucana] no ano que vem”.
Lopes disse que vai trabalhar para superar as insatisfações do momento, “aglutinar e construir uma chapa boa de vereadores”.
Em Anápolis, a postulação cogitada até agora é a do ex-prefeito e ex-vereador Antônio Gomide, hoje deputado estadual pelo PT, e que tem despontado nas pesquisas de intenção de votos.
Hélio Lopes explica que foi ligado partidariamente ao União Brasil porque foi presidente do Ipasgo de 2020 e 2021, e o UB é o partido do governador Ronaldo Caiado. Mas salienta que foi ele quem procurou a direção tucana, objetivamente, com a pretensão política de colocar o nome à disposição para uma candidatura em Anápolis.
Assim que foi confirmada a indicação de Hélio Lopes circulou a informação de que ele teria o apoio do empresário Carlinhos Cachoeira. Conforme divulgou o portal da cidade, Diário da Redação, o empresário estaria organizando uma composição de chapa envolvendo a suplente de vereadora Rebeca Ramos, que é do Solidariedade, para a pré-candidata a vice de Hélio Lopes, que nega.
“Estão tentando colocar uma situação para me desmotivar, para que eu não saia candidato, mas não tenho ligação com essas pessoas”, disse. Segundo ele, a suplente o procurou, mas não houve entendimento e ela se filiou ao Solidariedade. “Mesmo que sendo católico seja interessante buscar uma vice evangélica, como é o caso, ela não está ligada ao grupo, não dependerá do desejo dela ou meu”, afirmou.
A cidade é um dos 200 municípios em que o PSDB está se organizando após a eleição do novo diretório estadual.