O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a se manifestar nesta quarta-feira (11) sobre a polêmica sobre as supostas informações constrangedoras sobre ele coletadas por Moscou.
No Twitter, o republicano disse que seus adversários usam “notícias falsas” para prejudicá-lo, e comparou a situação à “Alemanha nazista”.
“As agências de inteligência nunca deveriam ter permitido que essa notícia falsa ‘vazasse’ para o público. Um último tiro contra mim. Estamos vivendo na Alemanha nazista?”, disse o presidente eleito.
“Eu ganho uma eleição facilmente, ocorre um grande ‘movimento’, e oponentes trapaceiros tentam minar nossa vitória com notícias falsas. Situação lamentável!”
Duas autoridades dos EUA disseram na terça-feira (10) aos meios de comunicação que os chefes de quatro agências de inteligência do país apresentaram a Trump na semana passada documentos sigilosos que incluem alegações não confirmadas de que agentes russos tinham informações comprometedoras sobre ele. Os papéis também foram mostrados ao presidente Barack Obama.
As informações foram entregues em um anexo ao relatório dos serviços de inteligência sobre a interferência russa nas eleições presidenciais americanas, apresentado na última sexta-feira (6). Os oficiais americanos envolvidos no vazamento afirmaram que, devido a seu potencial explosivo, o dossiê foi divulgado a Trump e a Obama mesmo que os serviços ainda não tivessem confirmado suas informações.
Trump também disse que nunca foi pressionado pelo Kremlin. “A Rússia nunca tentou me pressionar. Não tenho nada a ver com a Rússia -acordos, empréstimos, nada!”, afirmou.Na terça-feira, o bilionário havia dito, também no twitter, que a situação equivale a “uma total caça às bruxas política”.O Kremlin disse nesta quarta-feira que as acusações contra o governo russo são “totalmente sem sentido”.
As acusações contra a Rússia devem ser um dos assuntos tratados por Trump nesta quarta-feira em uma entrevista coletiva. Esta será a primeira conferência de imprensa do bilionário em quase seis meses.O governo do presidente Barack Obama não comentou sobre a polêmica até o momento.