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Categorias: Mundo
| Em 8 anos atrás

Trump critica ‘vazamentos ilegais’ no governo após renúncia de assessor

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Na sua primeira manifestação pública após a renúncia do conselheiro de Segurança Nacional, Michael Flynn, por um escândalo envolvendo a Rússia, o presidente americano, Donald Trump, disse que sua real preocupação é com a quantidade de “vazamentos ilegais” de informações sobre seu governo.

“A verdadeira história aqui é por que há tanto vazamento ilegal saindo de Washington? Esses vazamentos vão acontecer enquanto eu estiver negociando sobre Coreia do Norte etc?”, escreveu Trump em seu perfil no Twitter.

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O escândalo envolvendo Flynn ficou insustentável depois de jornais americanos terem revelado, na última sexta (10), a descoberta, pelos serviços de inteligência, de que o general havia pedido em dezembro ao embaixador russo, Sergei Kislyak, para não reagir de forma desproporcional aos EUA porque Trump poderia rever as sanções a Moscou quando chegasse à Casa Branca.

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Outro vazamento que teria irritado o presidente foi sobre um telefonema, no fim de janeiro, com o líder russo Vladimir Putin. Na última semana, a imprensa americana divulgou que, na conversa, Trump teria criticado o tratado para o controle de armas nucleares assinado pelos dois países em 2011.

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Depois disso, o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que a equipe estava avaliando os vazamentos e que era “muito preocupante” a ideia “de que não se pode ter uma conversa sem que a informação saia dali”. “Estamos tentando conduzir as coisas de forma séria para o bem do país”, disse.

A declaração de Trump nesta terça pode ser um sinal de que o presidente pretende, de fato, apertar o cerco sobre sua equipe para pegar responsáveis por vazamentos.

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Segundo o jornal “The New York Times”, alguns funcionários da Casa Branca já começaram a conversar com os próprios colegas apenas por mensagens criptografadas, após rumores de que poderia ser criado um programa de monitoramento de celulares e e-mails dos integrantes da equipe.

COREIA DO NORTE

O fato de Trump ter usado como exemplo a Coreia do Norte, em sua mensagem nesta terça-feira, também parece proposital.

Trump tem sido criticado por opositores e até por parlamentares republicanos por ter aparentemente discutido em um local público sobre a resposta ao teste de míssil da Coreia do Norte no último sábado (11).

O presidente jantava com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em um restaurante no resort Mar-a-Lago, na Flórida, quando foi informado sobre o teste e ficou conversando com assessores, que acessavam seus computadores, ali mesmo na mesa do restaurante, em frente a outros clientes do estabelecimento.

“Geralmente esse não é um lugar onde se faz esse tipo de coisa”, disse o senador republicano pela Flórida Marco Rubio, um dos vários nomes do partido que disputou contra Trump a candidatura presidencial.

A deputada Nancy Pelosi, da Califórnia, líder democrata na Câmara, disse, por sua vez, não haver desculpa “para deixar uma crise internacional se desenrolar na frente de um bando de sócios do clube de campo, como um teatro-jantar”. (Folhapress)

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