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Categorias: Mundo
| Em 7 anos atrás

Trump anuncia projeto para restringir green card a imigrantes qualificados

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O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta quarta (2), com dois senadores republicanos, um projeto de lei que para mudar os critérios para a concessão do green card (residência americana), privilegiando imigrantes “altamente qualificados”.

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A lei batizada de Raise (sigla em inglês para “reformando a imigração americana para fortalecer os empregos”), que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, estabelece um sistema de pontuação para os solicitantes da residência permanente.

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Aqueles que falarem inglês, tiverem alguma estabilidade financeira e demonstrarem formação útil estariam melhor classificados para obter o green card, segundo o texto.

“A lei Raise vai reduzir a pobreza, aumentar os salários e fazer com que os contribuintes economizem bilhões e bilhões de dólares”, disse Trump, ao anunciar o projeto, ao lado dos senadores conservadores Tom Cotton, do Arkansas, e David Perdue, da Geórgia.

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Segundo Trump, o atual sistema de imigração “não é justo” com os cidadãos americanos. O argumento é que os imigrantes com menor qualificação sobrecarregam o sistema americano.

“Essa lei demonstra a nossa paixão pelas famílias americanas que sofrem”, disse o presidente.

Trump havia defendido, em março, que os EUA adotassem um sistema de imigração “com base no mérito”, a exemplo de países como Canadá e a Austrália.

No entanto, a aplicação nos EUA de um modelo que considera itens como nível educacional, habilidade com o idioma, experiência de trabalho, idade e laços com o país na hora de conceder a residência permanente é vista com cautela por especialistas e entidades do setor.

Estima-se que 11 milhões de estrangeiros irregulares vivam nos EUA hoje. Em 2015, 1 milhão de pessoas receberam o green card. Destes, 64,6% obtiveram residência permanente por já terem parentes no país, e apenas 13,7% por razões profissionais.

No Canadá e na Austrália, a lógica é inversa -e a demanda muito menor. No primeiro, 272 mil pessoas receberam a residência permanente, dos quais 62,7% por motivos profissionais. Na Austrália, 67,7% dos 190 mil beneficiados também conseguiram o status com base nas habilidades de trabalho.

Dos que obtiveram o green card nos EUA, 43% não tinham um emprego em seu país de origem. Segundo um levantamento do Pew Research Center, apenas 41% dos imigrantes que chegaram entre 2010 e 2015 ao país tinham um diploma de graduação. (Folhapress)

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