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Trump anuncia projeto para restringir green card a imigrantes qualificados

O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta quarta (2), com dois senadores republicanos, um projeto de lei que para mudar os critérios para a concessão do green card (residência americana), privilegiando imigrantes “altamente qualificados”.

A lei batizada de Raise (sigla em inglês para “reformando a imigração americana para fortalecer os empregos”), que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso, estabelece um sistema de pontuação para os solicitantes da residência permanente.

Aqueles que falarem inglês, tiverem alguma estabilidade financeira e demonstrarem formação útil estariam melhor classificados para obter o green card, segundo o texto.

“A lei Raise vai reduzir a pobreza, aumentar os salários e fazer com que os contribuintes economizem bilhões e bilhões de dólares”, disse Trump, ao anunciar o projeto, ao lado dos senadores conservadores Tom Cotton, do Arkansas, e David Perdue, da Geórgia.

Segundo Trump, o atual sistema de imigração “não é justo” com os cidadãos americanos. O argumento é que os imigrantes com menor qualificação sobrecarregam o sistema americano.

“Essa lei demonstra a nossa paixão pelas famílias americanas que sofrem”, disse o presidente.

Trump havia defendido, em março, que os EUA adotassem um sistema de imigração “com base no mérito”, a exemplo de países como Canadá e a Austrália.

No entanto, a aplicação nos EUA de um modelo que considera itens como nível educacional, habilidade com o idioma, experiência de trabalho, idade e laços com o país na hora de conceder a residência permanente é vista com cautela por especialistas e entidades do setor.

Estima-se que 11 milhões de estrangeiros irregulares vivam nos EUA hoje. Em 2015, 1 milhão de pessoas receberam o green card. Destes, 64,6% obtiveram residência permanente por já terem parentes no país, e apenas 13,7% por razões profissionais.

No Canadá e na Austrália, a lógica é inversa -e a demanda muito menor. No primeiro, 272 mil pessoas receberam a residência permanente, dos quais 62,7% por motivos profissionais. Na Austrália, 67,7% dos 190 mil beneficiados também conseguiram o status com base nas habilidades de trabalho.

Dos que obtiveram o green card nos EUA, 43% não tinham um emprego em seu país de origem. Segundo um levantamento do Pew Research Center, apenas 41% dos imigrantes que chegaram entre 2010 e 2015 ao país tinham um diploma de graduação. (Folhapress)

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Larissa Laudano

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