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Categorias: Mundo
| Em 8 anos atrás

Trump acusa Hillary de doping em debate e diz que eleição é manipulada

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O candidato republicano à presidência de Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste sábado (15) que meios “corruptos” tentam manipular as eleições de novembro em favor de sua rival democrata, Hillary Clinton, e que ela estava dopada durante sua último debate.

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“A eleição está sendo manipulada pela imprensa corrupta que utiliza alegações completamente falsas e espalha mentiras num esforço de eleger Hillary presidente”, acusou o republicano durante um comício em New Hampshire.

Trump disse ainda que a candidata democrata tomou medicamentos para melhorar seu rendimento durante seu último debate na TV, em 9 de outubro.

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“Não sei o que acontece. No início de seu último debate, estava toda estimulada. No final, (…) quase não pôde chegar a seu carro”, disse.

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“Fazem os atletas realizarem exame de drogas. Acho que deveríamos fazer um teste anti-doping antes do debate. Por que não fazemos isso?”, propôs Trump.

A equipe de campanha de Hillary reagiu a essas declarações, denunciando “tentativas vergonhosas que tentam desacreditar uma eleição a algumas semanas de ela ser realizada”.

A campanha eleitoral de Trump vive uma crise depois da divulgação há oito dias de um vídeo em que ele fazia comentários vulgares sobre as mulheres. Depois disso, ele foi alvo de acusações abuso sexual.

O bilionário se apresenta como vítima de uma “campanha de desprestígio” e tem optado por intensificar os ataques contra sua rival, a poucas semanas das eleições, marcadas para 8 de novembro.

Trump também provocou Hillary neste sábado no Twitter: “Hillary Clinton deveria ter sido processada e presa. Em vez disso é candidata presidencial no que parece ser uma eleição armada”.

A virulência das acusações de Trump a Hillary Clinton despertaram a preocupação sobre o que poderá acontecer se o magnata imobiliário perder as eleições, sobre como reagirão seus seguidores e se Trump será capaz de reconhecer uma derrota.

O presidente Barack Obama fez eco desta preocupação na sexta-feira durante um encontro a favor de Hillary Clinton.

“Agora (Trump) está sugerindo que se as eleições não lhe são favoráveis, não tem a ver com todas as coisas que diz, mas, sim, porque estão armadas e são uma fraude”, disse Obama. “A própria democracia está em jogo”.

México

Na sexta-feira (14), Trump culpou o magnata mexicano Carlos Slim de um complô midiático para torpedear sua campanha, enquanto cresciam as acusações de mulheres contra o aspirante republicano.

Em um encontro na Carolina do Norte, Trump lembrou que Slim é o maior acionista individual do jornal “The New York Times”, cujo jornal publicou na quarta-feira relatos de duas mulheres que acusaram Trump de apalpá-las e beijá-las, anos atrás.

“O principal acionista do (New York) Times é Carlos Slim, e como sabem Carlos Slim vem do México. Ele deu milhões de dólares aos Clinton”, disse Trump no encontro.

“Vamos a deixar que corporações estrangeiras e seus presidentes decidam o resultado (da eleição). Não se pode fazer isso. Não podemos deixar que isso aconteça”, afirmou.

As críticas a Slim colocam novamente o México na campanha de Trump, que há um ano chamou de “estupradores” os milhões de imigrantes mexicanos sem documentos, que prometeu expulsar se chegar à presidência.

Desde a publicação no “New York Times”, outras mulheres se juntaram à acusação, incluindo mais duas na sexta-feira.

Enquanto Trump falava na Carolina do Norte, Summer Zervos, uma ex-participante de “O Aprendiz”, o programa que deu maior fama ao magnata, rompeu o silêncio para acusá-lo de tê-la beijado à força em um hotel há uma década.

Também na sexta-feira (14), Kristin Anderson, una ex-aspirante a modelo, declarou ao Washington Post que no início dos anos 90, em uma boate de Nova York, Trump tocou em sua vulva, metendo sua mão por baixo de sua saia.

Enquanto isso, Hillary Clinton se mantém discreta, sem eventos públicos programados para os próximos dias, e deixa Trump sozinho em seu mar de escândalos sexuais.

Trump tem seu partido dividido: vários legisladores republicanos, tomaram distância do magnata, mas outros disseram que votarão nele apesar de tudo para evitar uma vitória de Hillary.

(Folhapress)

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