O presidente da República, Michel Temer, afirmou neste domingo (6) que a atuação das tropas federais no Rio de Janeiro seguirá até o dia 31 de dezembro deste ano e deve ser ampliada para 2018.
A declaração ocorre um dia após a megaoperação realizada pelas tropas federais no Rio, que mobilizou cerca de 5.000 profissionais das Forças Armadas com objetivo de combater o roubo de cargas e o tráfico de drogas. Dois supostos criminosos e um policial morreram.
Em vídeo publicado nas redes sociais, Temer diz que a atuação no Rio é um dos eventos “mais amplos” e “longos” do Plano Nacional de Segurança e que a ação pode ser estendida. “Para o Rio de Janeiro, há uma programação extensa que vai inicialmente até 31 dezembro deste ano e depois será ampliada também para o ano que vem”, disse.
Segundo o presidente, reações de criminosos à ação já estavam previstas, mas serão “amplamente” e “fortemente” combatidas. Para ele, a ação das tropas em conjunto com forças estaduais nas últimas semanas teve “grande visibilidade”.
“O fato é que já começaram ações concretas para debelar o crime no Rio de Janeiro. E vejo, como pressentimos, que já há reações, e essas reações se deram agora, dar-se-ão adiante e serão amplamente e fortemente combatidas pelas forças federais”, disse.
‘RAZOÁVEL’
Neste sábado (5), porém, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a megaoperação teve saldo “não espetacular”, mas “razoável” e que espera que as próximas operações sejam mais bem-sucedidas.
No total, os militares realizaram incursões em seis comunidades nas zonas norte e oeste da cidade. Três delas contavam com UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora). Foram apreendidas três pistolas, duas granadas, quatro rádios, 21 carros e uma motocicleta e entorpecentes.
A operação deste sábado inaugurou a segunda etapa do plano de segurança do governo federal para o Rio, que deve consumir quase R$ 2 bilhões até o fim de 2018 –R$ 700 milhões serão empenhados até o final deste ano.
Em crise, o Rio vive colapso da segurança pública. O número de mortes violentas no primeiro semestre deste ano (3.457) cresceu 15% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o pior primeiro semestre desde 2009 (3.893).
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