Categorias: Notícias do Estado

Trocar ministro que disputa eleição é bom, ‘mas nem tanto’, diz Moreira Franco

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Um dos principais aliados de Michel Temer, o ministro Moreira Franco (Secretaria-Geral) afirmou que exonerar os ministros que disputarão as eleições de 2018 “é bom para o país, mas nem tanto para o governo” e que o presidente ainda está avaliando os critérios que utilizará em sua reforma ministerial.

“As pessoas mais responsáveis vão entender que [a linha de corte eleitoral para a reforma] é boa para o país, mas nem tanto para o governo”, disse Moreira nesta quarta-feira (15) à reportagem.

Pelo menos cinco partidos da base aliada a Temer -PP, PSD, PR, DEM e PRB- rejeitaram a decisão de trocar os ministros que decidiram ser candidatos no ano que vem.

Após a reação negativa, o presidente passou a considerar novos cenários para fazer em duas etapas as mudanças que serão determinantes na fase final de seu governo.

Em conversas com aliados nesta terça (14) e quarta-feira, Temer afirmou que vai ouvir presidentes e líderes das siglas da base e admitiu que é impossível adotar uma regra única para fazer uma reforma tão ampla, na qual quase 20 ministros devem ser substituídos.

O principal critério, defendido por Moreira e Eliseu Padilha (Casa Civil), continua sendo o eleitoral, mas pode ser adotado com ressalvas nos casos de ministros que ainda não definiram possíveis candidaturas. Henrique Meirelles (Fazenda), Gilberto Kassab (Comunicações) e Marcos Pereira (Indústria e

Comércio Exterior), por exemplo, poderiam ficar em seus postos até março, quando a legislação eleitoral exige que os futuros candidatos deixem seus cargos.

Outro requisito para dilatar o prazo da troca ministerial seria a finalização de projetos importantes das pastas, permitindo que os titulares faturem os benefícios de medidas implementadas com a máquina federal, com impacto nas suas bases eleitorais.

Por fim, assessores de Temer dizem que a aprovação da nova Previdência -principal moeda de troca para dar aos partidos mais espaço no governo- pode também ser um dos critérios. Nesse caso, o presidente desenharia as mudanças na Esplanada, prometeria os cargos, mas só os entregaria efetivamente depois da votação das novas regras para a aposentadoria.

A avaliação de auxiliares do Planalto, porém, é que esse cenário é pouco provável, visto que será difícil garantir o compromisso dos parlamentares sem uma contrapartida concreta. Para aprovar a reforma da Previdência, o governo precisa do apoio de 308 dos 513 deputados.

O ideal para Temer era realizar a reforma completa apenas em março, mas o pedido de demissão do tucano Bruno Araújo do Ministério das Cidades precipitou o movimento. A pasta é alvo de cobiça do PP, que quer aumentar seu espaço no primeiro escalão -hoje de dois ministérios-, e também do PMDB, partido do presidente, que tem seis pastas na Esplanada.

Marcley Matos

Notícias Recentes

OAB-GO e TRE-GO firmam convênio para promover eleições da seccional online

Nesta terça-feira (13), a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) e o…

13/08/2024

Se eleito, Leandro Vilela promete implantar duas Policlínicas e ampliar o HMAP

O candidato a prefeito de Aparecida de Goiânia, Leandro Vilela (MDB), destaca a saúde entre…

13/08/2024

“Faria tudo diferente”, diz Rogério Cruz sobre possível nova gestão

O candidato à reeleição pela prefeitura de Goiânia, Rogério Cruz (Solidariedade), afirma que se vencer…

13/08/2024

Alexandre de Moraes manda bloquear rede social e R$ 50 milhões do senador Marcos do Val

Ministro reagiu após senador intensificar recentemente suas críticas à Corte e a Moraes nas redes…

13/08/2024

Em SP, Caiado destaca a empresários principais ações de seu governo em Goiás

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), está cumprindo agenda em São Paulo durante esta…

13/08/2024

Com presença do ministro dos Transportes, construção de 6 viadutos em Formosa é autorizada

Governo federal investiu R$ 193 milhões na retomada dos seis viadutos, pontuou ministro no anúncio…

13/08/2024