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A quinta-feira (22/08) na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás foi de troca de farpas, ataques, indiretas e referências positivas e negativas ao governo. Teve deputado oposicionista “convidando” parlamentares aliados ao governo para a oposição. Gente reclamando da baixa produtividade na Casa e também deputado acusando a primeira-dama, Gracinha Caiado de “usurpação de poder”. Deputado Bruno Peixoto (MDB) rebateu: “Mulher séria, capacitada e competente”.
O deputado estadual Thalles Barreto (PSDB), um dos protagonistas da oposição na Casa, não fugiu a regra de suas críticas ao governo. Fez uma grave acusação. “Ela [Gracinha Caiado] não tem cargo oficial, não está no primeiro escalão, não está em cargo nenhum e segue mandando”, afirmou.
Desferiu ataques ao próprio governo e disse que Caiado despreza “a própria base”. “Esse é um governo fraco, próprio governo despreza sua própria base. Nem o próprio governador acredita em sua base na Assembleia ou fora dela”. Para o parlamentar, o governo não tem “planejamento” e nem “programação”.
Deputados saem em defesa da primeira-dama
Assim que Thalles terminou seu discurso, Bruno Peixoto subiu à tribuna para defender a primeira-dama Garcinha Caiado, das críticas desferidas por Barreto. “Nossa primeira-dama é uma mulher séria, capacitada e competente. Ela tem contribuído para a qualidade de vida da população goiana”, rebateu.
Wilde Cambão, deputado pelo PSD também saiu em defesa da primeira-dama e também ao próprio governo. “Tenho convicção de que o governador irá fazer a melhor gestão da história de Goiás. Mas todos sabem a situação que a gestão anterior entregou o estado. O Governo está se preparando para desenvolver suas ações que vão fazer Goiás crescer”, mencionou.
Ele também não deixou de tecer elogios a Gracinha. Para o deputado, ela tem um papel importante de ajudar o governador a conduzir seu trabalho de gerir o estado. Para ele, a oposição gasta muito tempo criticando sem motivos a primeira-dama. “Gracinha Caiado é atuante. Ela acorda cedo e vai ajudar seu marido. Ela tem na sua essência a vontade de realizar um estado melhor para os goianos. Qual de nós, que somos políticos, que não gostaríamos de ter uma mulher que nos ajudasse na nossa ação política? Qual de nós não gostaríamos de ter ao nosso lado uma pessoa da qualidade de dona Gracinha Caiado? Ela esta de parabéns porque é ela quem vai ajudar o governador a levar ao estado de Goiás melhorias para a sociedade”, concluiu.
Baixa produtividade na Alego
A base também reclamou mas mudou o tom. O deputado partido do governador Ronaldo Caiado (DEM) disse que a produtividade na Casa está baixa. Não estão colocando projetos de leis para serem votados. “Tantos projetos para votar, matérias importantes e precisamos defender o trabalhador, o servidor e o empresário que pagam impostos e todas as nossas despesas, sendo pouco valorizados. Espero que na próxima semana a Casa possa voltar com mais vontade”, declarou em um rápido discurso.
Em meio a reclamações que não há produtividade na Casa, ele lembrou que hoje comemora-se o Dia do Folclore Brasileiro. “Vivemos num País que valoriza as tradições que a gente nunca esquece. Festas como o “Arraiá das Abobras” em Rio Verde marcam nossa infância. E quero parabenizar a todos os incentivadores do folclore nesta data”, concluiu. A produtividade realmente não deve estar lá essas coisas…
“Falta competência…”
Teve quem reclamasse do pedido que o Governo fez pela suplementação orçamentária de órgãos da administração pública. O pedido autoriza a abertura de créditos especiais à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social e ao Fundo Estadual de Assistência Social (FEAS).
A deputada Lêda Borges (PSDB) lembrou que já existe a Lei de Assistência Social que prevê o financiamento e repasse direto de recursos do governo para os municípios. “O governo não consegue planejar as ações e as despesas de uma pasta que se consolidou ao longo dos últimos 20 anos”, afirmou.
Não houve avaliação dos programas, segundo a parlamentar. “A falta de competência para gerir a pasta do desenvolvimento social é evidente. Estamos em agosto e o governo está pedindo suplementação orçamentária. Até hoje não avaliaram os programas, as metas e as despesas para essa secretaria. Esta pasta perdeu seu protagonismo, não está sendo olhada com o cuidado necessário”, mencionou.
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Oposição não “brilha mais”
Não faltou ironias no discurso do deputado estadual Claudio Meirelles (PTC). Ele fez um convite um tanto que sarcástico para os deputados da base aliada. De acordo com ele, basta aos colegas caminhar alguns passos em direção à tribuna de oposição que serão recebidos com tapete vermelho.
Chegou até a mencionar o deputado recém filiado ao PSL, Major Araújo, ferrenho oposicionista das gestões anteriores mas que hoje está pé-aqui-pé-ali como parlamentar aliado ao governo. “Ontem eu disse que os deputados Álvaro Guimarães, Dr. Antonio e Major Araújo estavam tristes. Não são apenas os três. Sinto falta do brilho do Major Araújo na tribuna da oposição, onde ele brilhou.” Para Meirelles, Araújo não brilha mais… Anda até triste.
E aproveitou para dar uma leve indireta do deputado Dr. Antônio (DEM) que há poucas semanas teve de tirar alguns dias de licença para cuidar de um mal estar. “Sei o que ele [Major Araújo ]está passando. Receio que ele possa enfartar, como aconteceu com o Dr. Antonio. Sei que a cobrança é grande sobre eles”, disparou o deputado.
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Sem copos plásticos em órgãos públicos
O deputado Bruno Peixoto (MDB) está preocupado com o meio-ambiente. Em meio ao debate e as graves notícias que dão contornos dramáticos a Floresta Amazônica e as queimadas que estão acontecendo em diferentes regiões do país propôs o banimento de copos plásticos nos órgãos públicos do estado de Goiás. “O copo descartável é produzido a partir do petróleo, uma matéria prima que levou anos para se formar; o seu uso é em média por 20 segundos, e depois de descartado, o seu tempo de decomposição na natureza é de 200 a 400 anos”, justifica.
Também apontou que “do ponto de vista econômico é inviável a reciclagem de copos descartáveis, seu descarte compromete o volume de lixo produzido depositado nos aterros. Isso sem falar no volume não coletado em terrenos baldios, córregos, rios e ruas”.
A lei será implantada de forma gradativa. “Nos dois primeiros anos a redução deverá ser de até 50%. Já a partir do segundo, diminuir em até 90%. Após quatro anos o consumo do produto deverá ser reduzido em 100%”, explica o deputado.
O deputado afirma ainda que o poder Executivo poderá instituir programas especiais de divulgação e orientação quanto a reutilização e uso de copos menos poluentes, promover campanha publicitaria de educação ambiental junto à população, a fim de conscientizar para a importância e impacto ambiental da ação proposta.
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