O TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) manteve nesta quarta (30) a pena do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral em 14 anos e dois meses de prisão, por corrupção e lavagem de dinheiro.
Cabral foi condenado pela primeira vez na Lava Jato em junho de 2017, pelo juiz Sergio Moro.
Neste processo, o ex-governador foi acusado de ter recebido R$ 2,7 milhões em propina pelo contrato de terraplanagem do Comperj, obra da Petrobras.
Segundo a denúncia, o pagamento foi solicitado por Cabral em uma reunião no Palácio da Guanabara, em 2008. O valor corresponde a 1% do total que a Andrade Gutierrez recebeu pela obra.
De acordo com o Ministério Público, os valores foram usados na compra de artigos de alto valor, como roupas de grife, móveis de luxo e blindagem de automóveis. A denúncia afirma que o dinheiro pagou até vestidos de festa da ex-primeira-dama Adriana Ancelmo.
Moro absolveu Adriana por considerar não haver provas suficientes de que ela tenha participado dos atos de corrupção, bem como da lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio na aquisição de bens de luxo.
Cabral está detido desde novembro de 2016. O ex-governador já foi condenado cinco vezes pela Justiça Federal -a soma das penas já ultrapassa cem anos de prisão. (Folhapress)