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Três dias após massacre, estudantes retornam a escola em Goiânia

Três dias após a tragédia em que um adolescente de 14 anos matou dois colegas de classe e feriu outros quatro, pais e alunos retornaram à escola particular onde tudo aconteceu para buscar o material que ficou para trás na fuga.

Na manhã desta segunda-feira (23), as mochilas dos estudantes estavam distribuídas no pátio da escola, de acordo com o ano dos alunos.

Pela fresta da fachada da unidade era possível observar, no espaço destinado ao oitavo ano, turma do atirador e das vítimas, uma mesa com estojos, garrafas e cadernos cujos donos não foi possível identificar.

Alguns alunos e pais saíram emocionados da escola. “Minha filha saiu da sala no momento do primeiro tiro. Ela ficou transtornada. Não tenho intenção de tirar meus filhos daqui [da escola]”, disse o pai de dois alunos do Colégio Goyases, na periferia de Goiânia.

Dois policiais civis e dois bombeiros estiveram na escola nesta manhã, mas não foram atendidos pelos diretores da escola, que também se recusaram a falar com os jornalistas. Até o momento, a escola só se manifestou por meio de uma nota em que diz que seus responsáveis estão de luto e pede que não se faça qualquer julgamento.

De acordo com a mãe de um aluno que falou em nome dos diretores, ainda não há previsão de retomada das aulas. Uma reunião administrativa na tarde desta segunda definirá os novos rumos do calendário escolar.

DEPOIMENTO

Na manhã desta segunda-feira, o pai do atirador foi ouvido novamente pela polícia. Ele já havia prestado depoimento na última sexta (20), dia da tragédia. A expectativa é que o garoto seja ouvido pelo juiz nesta tarde.

O promotor Cássio Sousa Lima, que ouviu no fim de semana o adolescente, disse que ele agiu com “extrema violência e frieza”.

Na representação apresentada à Justiça, Sousa Lima afirma que constatam-se indícios “mais do que suficientes” para pedir a internação provisória do garoto por 45 dias.

“No presente caso, é evidente a extrema violência e frieza no planejamento e execução da conduta típica, como também o considerável número de vítimas atingidas, assim, a medida se perfaz em imprescindível instrumento acautelador social, com o fim de evitar-se a prática de novos atos infracionais graves, resguardando-se a ordem pública”, afirmou o promotor.

Para ele, a internação é necessária para que o jovem “se conscientize da gravidade do ato infracional praticado, sob pena de, no caso de liberação, caracterizar-se um verdadeiro estímulo para a prática de novas infrações”.

Para tentar evitar que o garoto seja condenado à punição máxima prevista no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) -três anos de internação-, a defesa pretende alegar que ele nunca teve nenhum caso de violação à lei e que tem uma família estruturada.

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Rayka Martins

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