Servidores da Educação, Saúde e da Guarda Civil Metropolitana da Prefeitura de Goiânia entraram em greve. A reclamação em comum das três categorias é a proposta de redução do quinquênio de 10 para 5 % no projeto de Reforma Administrativa. A matéria tramita na Câmara de vereadores.
Professores ligados ao Sindicato Municipal dos Servidores da Educação de Goiânia (SIMSED) promoveram uma Assembleia nesta quinta-feira (9) no Cepal do Setor Sul. Eles reclamam do não pagamento de titularidades e da progressão horizontal.
“O prefeito não cumpriu alguns pontos acordados na greve passada e esta questão da Reforma, porque há a redução de direitos do trabalhador”, afirma o professor Silas Santana.
Após a Assembleia, professores e funcionários administrativos saíram por algumas ruas da região central de Goiânia e protestaram contra a gestão do prefeito, Paulo Garcia.
A secretaria municipal de educação ainda não se pronunciou sobre o assunto.
Servidores da área da Saúde realizaram uma assembleia na Câmara Municipal de Goiânia e também deflagraram greve. Além do corte do quinquênio, eles reclamam do não pagamento da retroatividade da Data Base e de condições de trabalho.
“A greve é o melhor caminho, pois senão não se negocia, uma vez que a prefeitura é irredutível. Estamos aí na reforma com cortes no quinquênio, continuamos perdendo com a Data Base, sem retroatividade”, destaca a presidente do Sindsaúde, Flaviana Alves.
Através de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia informou que mantém abertos todos os canais de negociações com as entidades sindicais que representam os trabalhadores. Foi destacado que entre os benefícios concedidos estão: efetivação de cerca de mil agentes de endemias em fevereiro de 2014; concessão do progressão horizontal que beneficiou 3,4 mil servidores com reajuste salarial no Plano de Carreiras, Cargos e Vencimentos; vale-alimentação para motoristas; contratação de profissionais com 4.508 novos concursados, capacitação de servidores pela Escola Municipal de Saúde Pública; reforma, ampliação de prédios e inauguração de 14 novas unidades de saúde para melhorar as condições de trabalho e de atendimento.
Os servidores da Guarda Civil Metropolitana reclama que a prefeitura cumpre parcialmente o plano de cargos e salários da categoria. Outro ponto é a não reposição do fardamento da categoria.
Já se esgotaram todas as formas de negociação, hoje a guarda está capengando com a negociação. Nosso plano de cargos e salários é um direito. Nosso plano de cargos e salários foi aprovado desde abril, entrou em vigor em janeiro. Pagou de forma parcial alguns pontos que estão no plano. Nosso fardamento é antigo. Pedimos compreensão da prefeitura de Goiânia, mas não tivemos a devida resposta”, afirma o vice-presidente da Associação da Guarda Civil Metropolitana, Washington Moreira.
O comando da Guarda Civil Metropolitana (GCM) informa que todos os pontos reivindicados pela categoria estão sendo avaliados. Sobre o auxílio-uniforme, conforme negociação com o Sindigoiânia, a Prefeitura de Goiânia está de acordo e aguarda a minuta vinda do sindicato para os trâmites legais; a progressão vertical foi autorizada imediatamente por meio dos Decretos nº 878 e nº 879, deste 9 de abril de 2015; a seleção para o cargo de Subinspetor foi autorizada e o Departamento de Concurso e Seleção da administração municipal iniciará a elaboração do edital; e a possibilidade de auxílio-alimentação será estudada.