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Saúde
| Em 11 meses atrás

Transplantes de órgãos e tecidos em Goiás quase dobram em 2023 em comparação ao ano anterior

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O número de transplantes de órgãos e tecidos realizados em Goiás em 2023 quase dobrou ao alcançar mais 830 procedimentos, o que corresponde a um aumento de 46,9% em relação aos de 2022, segundo dados da Gerência de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

O levantamento também demonstra que em 2023 foram contabilizados 113 doadores de órgãos (aumento de 39,5 %), número que superou o então recorde histórico, registrado em 2018, quando houve 89 doadores. Já o número de doadores de tecido ocular subiu para 443, um aumento de 51,2%.

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O transplante de córnea passou de 399 em 2022 para 621 em 2023, o que representa um crescimento de 55,6%. Ano passado, foram registrados ainda 37 transplantes de medula óssea (aumento de 37%), 153 de rins (aumento de 35,4%) e 9 de fígado (aumento de 28,5%).

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Além da disponibilidade da população em doar órgãos dos entes falecidos, esse aumento evidencia a capacidade das unidades hospitalares públicas, particulares e conveniadas em realizar o procedimento. 90% dos transplantes renais foram realizados no Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi (HGG), referência no estado para esse tipo de procedimento.

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Para a gerente de Transplantes da SES-GO, Katiúscia Freitas, o aumento de doadores em 2023 é consequência dos processos de formação e capacitação de profissionais de saúde, e da conscientização da população sobre a importância da doação para a melhoria da saúde e da qualidade de vida de milhares de pacientes. “As equipes da gerência fazem um trabalho incessante com o propósito de acolher, informar e esclarecer os familiares sobre a doação de órgãos”, pontua.

Em Goiás, 2.105 pessoas estão inscritas na lista de espera do Sistema Nacional de Transplantes. Destas, 502 aguardam por transplante de rim, 15 necessitam de transplante de fígado e 1.588 esperam por transplante de córnea.

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Mesmo com os avanços, ainda há um grande índice de recusa familiar. Em Goiás, esta taxa é de 61,6%. Katiúscia Freitas destaca a necessidade de as pessoas manifestarem em vida aos familiares o desejo de ser doador de órgãos. “É muito importante esse gesto de solidariedade das famílias que, mesmo com a dor pela perda de um ente, escolhem transformar a vida de pessoas que vivenciam o drama de aguardar por um transplante”.

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Carlos Nathan Sampaio

Jornalista formado pela Universidade Federal e Mato Grosso (UFMT) em 2013, especialista Estratégias de Mídias Digitais pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação de Goiânia - IPOG, pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Senac e especialista em SEO.