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Categorias: Brasil
| Em 10 anos atrás

Tombini prevê recuo da inflação a partir de abril

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Brasília – O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, previu que, a partir de abril, a inflação mensal estará em patamar “bem inferior” ao observado no primeiro trimestre. Segundo ele, o processo de ajuste de preços pelo qual passa a economia faz com a inflação se eleve no curto prazo, mas ele garantiu que o BC estará vigilante para garantir a convergência para o centro da meta de inflação em 2016.

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Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o presidente do BC explicou aos senadores que a economia passa por dois importantes processos de realimento de preços: domésticos com internacional, e administrados com livres. “Cabe à política monetária conter os efeitos de segunda ordem para garantir as condições necessárias para a convergência ao centro da meta“, afirmou o presidente do BC.

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Segundo ele, um conjunto de fatores mostra que essa trajetória é factível. Entre esses fatores, ele citou que o BC está e continuará vigilante, o realinhamento das políticas macroeconômicas e o realinhamento dos preços administrados.

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Tombini disse que a concentração dos reajustes dos preços administrados no primeiro trimestre reduz as pressões. Ele também citou como favorável à convergência o cenário do mercado de trabalho menos tensionado, o que contribui para moderar as pressões salariais.

Tombini também citou que, a despeito da alta do dólar, outros fatores podem mitigar o repasse da elevação da cotação para os preços domésticos, como o comportamento recente das commodities.

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O presidente do BC avaliou ainda que o fortalecimento da política fiscal facilita o processo de convergência da inflação para o centro da meta. Na tentativa de fortalecer o discurso do governo de necessidade do ajuste fiscal, o presidente do BC disse que o conjunto de medidas fiscais adotado contribuirá para que o processo de transição pelo qual passa a economia brasileira seja “rápido” e que os seus benefícios possam “logo” aparecer. Ele avaliou ainda que a política fiscal consistente aumenta a potência monetária.

Dólar

De acordo com o presidente do BC, há “muito pouco” que a autoridade possa fazer sobre o valor internacional do dólar. “O mercado é extremamente amplo, somos só um participante“, afirmou.

Ele voltou a destacar a importância do programa de swaps cambiais do BC, afirmando que a oferta diária desses contratos tem permitido que “empresas não financeiras consigam navegar com certa tranquilidade em ambiente de alta do dólar, sem quebrarem“.

Em resposta aos parlamentares, Tombini defendeu novamente o instrumento. “Para um administrador de portfólios avesso ao risco como tem que ser o BC, faz todo sentido ter um pedaço de ativo protegido (hedgiado) contra variações cambiais. O BC não tem pressa nenhuma para se desfazer desse volume nem no curto nem no médio prazo. O BC está investido em moeda forte“, completou.

(Estadão Conteúdo)

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