Categorias: Política

Toffoli propõe ampliar a restrição do foro especial

 

O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), encaminhou à presidente da corte, Cármen Lúcia, ofício para ampliar a restrição do foro especial para todas as autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e municipal. A informação foi antecipada pela Folha de S.Paulo.

Em documento de oito páginas, o magistrado apresenta duas propostas de súmula vinculante à decisão do STF na semana passada, que restringiu o foro especial a senadores e deputados federais.

A primeira trata sobre estender a nova regra do STF para todas as autoridades: “A competência por prerrogativa de foro, prevista na Constituição Federal para agentes públicos dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e do MP [Ministério Público], compreende exclusivamente os crimes praticados no exercício e em razão do cargo ou da função pública”.

A segunda proposta é para derrubar as regras de foro especial determinadas pela Constituição de alguns estados: “São inconstitucionais normas de Constituições Estaduais e da Lei Orgânica do DF que contemplem hipóteses de prerrogativa de foro não previstas expressamente na Constituição, vedada a invocação de simetria”.

Toffoli afirma que a proposta visa dar segurança jurídica aos investigados e ao sistema de Justiça.

Durante o julgamento do foro especial, o ministro propôs a ampliação da restrição do foro, mas foi acompanhado apenas pelo colega Gilmar Mendes.

Desde a semana passada, os ministros do Supremo remeteram 44 processos de seus gabinetes para outras instâncias do Judiciário. No STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Luís Felipe Salomão baixou um processo e pretende discutir o assunto em sessão da Corte Especial, composta pelos 15 magistrados mais antigos do tribunal.

A súmula vinculante serve para impedir que juízes de outras instâncias decidam de forma diferente da jurisprudência firmada no Supremo. Assim, quando em vigor, a súmula vincula toda a administração pública a adotar entendimento pacificado corte sobre o tema.

A edição, o cancelamento e a revisão de súmulas vinculantes no Supremo devem ser aprovados por, no mínimo, oito dos 11 ministros do Supremo, depois da manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República). (Folhapress)

{nomultithumb}

Leia mais:

  • Após decisão sobre foro, Toffoli tira do STF casos envolvendo sete congressistas
  • Após restrição do foro, STF começa envio à 1ª instância de casos contra deputados

 

Melissa Calaça

Notícias Recentes

Mais da metade dos brasileiros está acima do peso, aponta pesquisa Datafolha

A pesquisa Datafolha encomendada pela Novo Nordisk apontou que mais da metade dos brasileiros está…

18/08/2024

Obras na GO-132 são retomadas entre Niquelândia e Colinas do Sul

As obras de pavimentação da GO-132, entre Niquelândia e Colinas do Sul, foram retomadas pela…

18/08/2024

Com umidade do ar mínima chegando aos 14% em Goiás, Defesa Civil reforça cuidados com o tempo seco

Com mais uma onda de calor em Goiás, desta vez, a preocupação é também com…

18/08/2024

Com cerimônia judaica fechada ao público, Silvio Santos é enterrado em SP

Neste domingo (18), o corpo de Silvio Santos foi sepultado em cerimônia simples e intimista,…

18/08/2024

Mais de 2 mi de pessoas realizam o maior concurso público da história do país neste domingo (18)

Neste domingo (18), mais de 2 milhões de pessoas são esperadas para a realização das…

18/08/2024

Hugo Bravo diz que falta “engajamento” e não entende desmotivação do torcedor do Vila Nova

Com uma média de 5.441 pagantes por jogo, o Vila Nova Futebol Clube ocupa a…

18/08/2024