Thiago Peixoto repercute eleição de Trump “Este resultado representa um grande alerta a todos políticos do mundo”

Pós-graduado pela Universidade da Califórnia e em trânsito regular para os Estados Unidos, além e acompanhar a política norte-americana, o deputado federal Thiago Peixoto (PSD-GO) foi um dos políticos goianos que mais se manifestaram nos últimos dias sobre as eleições, principalmente pelas redes sociais. Na manhã de quarta-feira (9/11), por exemplo, ele postou que o mundo tinha amanhecido em choque com a vitória do republicano Donald Trump.

No entanto, ainda na noite de 8/11, quando ocorria a apuração, ele usou o Twitter para falar sobre a preocupação com a vitória do magnata. O parlamentar postou sobre análise do New York Times falando da chance de 86% para que Trump vencesse. Já na madrugada, com a consolidação do quadro, Thiago lamentou. “EUA elegeu a intolerância, o preconceito e a xenofobia. Este resultado representa um grande alerta a todos políticos do mundo”, disse.

No Facebook, no início da manhã, o deputado goiano citou a trajetória de magnata excêntrico e falastrão a homem mais poderoso do planeta, dizendo que uma ficção de mau gosto tinha se tornado realidade. “O mundo amanheceu em choque. De minha parte, fico na torcida para que o candidato Donald Trump fosse apenas um personagem construído para vencer as eleições e que o presidente Trump seja mais responsável e tolerante. Se não for assim, o mundo está em risco.

Já na tarde desta quarta, Thiago Peixoto voltou a usar as redes sociais para falar sobre o assunto mais comentado do mundo. Ele citou, inclusive, a Estátua da Liberdade para fazer uma relação com o discurso enraivecido usado por Trump ao longo da campanha. “Ainda em reflexão pela vitória do discurso intolerante, raivoso e repleto de xenofobia de Donald Trump. E pensar que, na base da Estátua da Liberdade, o poema de Emma Lazarus diz, em certa parte: “Dai-me os seus fatigados, os seus pobres, as suas massas encurraladas ansiosas por respirar liberdade”. A outrora Terra da Liberdade, como os Estados Unidos eram chamados, foi colocada em xeque?”, postou o parlamentar, no Facebook e no Instagram, usando uma imagem da Estátua da Liberdade com as mãos no rosto, com expressão de desespero.

Artigo

Ainda na terça-feira (8/11), Thiago Peixoto publicou artigo no jornal O Popular justamente sobre o pleito norte-americano. No texto, ele se mostrava alarmado com o fato de um número em torno de 40% dos norte-americanos concordarem com o discurso de ódio pregado por Donald Trump ao longo da campanha contra Hillary Clinton. O parlamentar goiano lembrou que o candidato tinha atacado, por exemplo, negros, mulheres e imigrantes.  

“Os principais slogans de campanha, Make America Great Again (fazer a América grande outra vez) e America First (América primeiro), poderiam apenas indicar valorização do país. Porém, somados ao discurso e atitudes de Trump, expõem pensamento intolerante, preconceituoso e xenófobo. Ao longo da História mundial, vimos que o recrudescimento do ultra-direitismo, do nacionalismo e da xenofobia levou a capítulos sangrentos, como na ascensão do nazi-fascismo. O pior é que esse discurso tem conquistado cada vez mais adeptos mundo afora”, opinou o parlamentar em trecho do artigo.

Thiago alertou que a presença de figura tão controversa na direção da democracia mais representativa do mundo poderia ser catastrófica. “A efetivação de seus planos poderia levar a Terra a um conflito definitivo”, alarmou-se. Na conclusão do texto, o deputado sugeriu que, ao invés de seu arsenal de xingamentos e ameaças, Trump deveria se inspirar, sim, em Abraham Lincoln, primeiro presidente republicano, responsável por fazer um governo de coalizão. “Uma frase famosa do ex-presidente poderia servir de exemplo ao enfurecido Trump: a melhor forma de destruir seu inimigo é convertê-lo em seu amigo. Mas parece que ele não anda lá muito preocupado em fazer amizades”, concluiu.