Nas comemorações do centenário do nascimento de Frei Confaloni, o deputado federal Thiago Peixoto (PSD-GO) destaca que o artista merece todo o reconhecimento possível. “Ele é um dos principais nomes das nossas artes e foi responsável por mudar a história da cultura goiana recente”, resumiu o presidente da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Ele participou, nessa sexta-feira (8), da abertura oficial da exposição ABC Confaloni, em homenagem ao centenário do nascimento do artista plástico italiano Frei Confaloni.
Organizada pelo produtor cultural e pesquisador PX Silveira, a exposição ocorre no Museu de Arte Contemporânea de Goiás (MAC), no Centro Cultural Oscar Niemeyer, em Goiânia. A entrada é franca e a exposição segue até 25 de fevereiro do ano que vem. Ao todo, são 300 obras de Confaloni, que viveu os últimos 27 anos de sua vida em Goiás, onde manteve-se em atividade e atuou como professor.
Entre os trabalhos expostos, em sua maioria com a temática humana e religiosa, além de aspectos regionais da realidade goiana, estão esboços a lápis, pinturas e painéis gigantes. “As obras dele têm um lado humano muito significativo, há um apelo para a emoção, um aspecto tocante. São trabalhos belos e impressionantes. Recomendo a visitação”, destacou Thiago Peixoto.
Autor do livro Conhecendo Confaloni e Tempo Confaloni e organizador do evento, o pesquisador PX Silveira ressalta que o conteúdo da mostra foi selecionado com atenção e cuidado para que o visitante possa ter uma dimensão do trabalho do artista. PX pesquisa a vida e obra de Frei Confaloni desde a década de 1980. “Sua importância para a arte goiana é indiscutível. Confaloni teve um papel decisivo”, explicou.
Frei Giuseppe Confaloni nasceu em Viterbo, na Itália, em 1917. Ele estudou arte plástica e se tornou frei dominicano. Transferiu-se para Goiás em 1950, a convite do bispo Cândido Penzo, e foi morar na antiga capital goiana. O motivo da vinda foi a pintura de mais de 10 afrescos da Igreja do Rosário. Dois anos depois, mudou-se para Goiânia, onde lecionou e participou da fundação da Escola Goiana de Belas Artes. O artista é considerado o pai da arte moderna em Goiás influenciando nomes como Siron Franco, Amaury Menezes e DJ Oliveira. Confaloni morreu em Goiânia em 1977.