O deputado federal Thiago Peixoto (PSD-GO) criticou, nesta terça-feira (28/11), os episódios de ódio registrados nas redes sociais, como no caso recente da filha do ator Bruno Gagliasso, que sofreu ataques virtuais esta semana. No entanto, o parlamentar destacou que o problema não é a tecnologia e a internet. “A raiz do problema são a violência e a intolerância que a sociedade brasileira tem apresentado. É claro que a internet tem dado escala a isso e precisamos avançar no sentido de aprimorar a legislação”, ressaltou.
O parlamentar goiano ressaltou que estão sendo verificados vários casos de intolerância religiosa, de gênero e pela origem ou pela cor da pele. “Pela propagação de instrumentos digitais, as redes sociais acabaram se tornando uma arena onde a intolerância é exposta sem controle. A internet dá à pessoa uma falsa impressão de liberdade e segurança para se expressar sobre qualquer coisa que seja, mesmo que isso vá denegrir e expor a imagem de outra pessoa ou agredi-la”, reforçou.
Um dos principais interlocutores de assuntos relacionados com tecnologia no Congresso Nacional, Thiago falou sobre ódio nas redes sociais durante Comissão Geral sobre o tema no plenário Ulysses Guimarães. O parlamentar disse que os benefícios que os avanços tecnológicos trouxeram à realidade das pessoas é muito maior do que os problemas. “Mas temos que reconhecer que existem aspectos negativos e um dos lados mais perversos é justamente os ataques que ocorrem constantemente”, disse.
Thiago, que é presidente da Frente Parlamentar de Economia Digital e relator da Comissão Especial do Marco Regulatório da Economia Colaborativa, ressaltou que o tema da intolerância nas redes sociais precisa estar presente o tempo todo no radar do Congresso Nacional. “Até porque é aqui que as leis são debatidas, votadas e aprovadas. Precisamos ser rápidos nas respostas, precisamos ser menos analógicos e mais digitais nas respostas”, disse o parlamentar.
O deputado destaca que essa preocupação está presente nas discussões sobre temas tecnológicos no Congresso. “Mas é uma discussão que transcende a questão da internet. Creio que o debate é muito mais amplo e tem que envolver toda a sociedade. É uma questão que temos que levar para fora daqui e nos perguntar se essa é a sociedade que queremos”, acrescentou Thiago Peixoto.