O deputado federal Thiago Peixoto (PSD-GO) presidiu, nesta quinta (29/6), reunião na Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados na qual foi destacada a importância dos festivais independentes de música como Goiânia Noise, Bananada e Vaca Amarela. Para o parlamentar, que é presidente do colegiado, é fundamental encontrar mecanismos públicos de incentivo e financiamento a estes festivais. A falta de apoio e as dificuldades, aliás, foram a tônica do discurso dos produtores dos eventos.
“Eles movimentam multidões Brasil afora há vários anos. Estes festivais significam a raiz, a base da nossa música, da nossa Cultura. Nomes importantes do meio musical surgiram em festivais como esses e isso precisa continuar ocorrendo. É fundamental que sem pensados e criados mecanismos para apoiar estas iniciativas”, explica Thiago Peixoto.
Ele lembrou que essa cena cultural é fortíssima em Goiás, Distrito Federal e outras regiões do País e que existe um público cativo para as atrações. “Além dos aspectos artísticos e culturais, temos que destacar a importância deles para a geração de emprego e renda e para a Economia como um todo, pois movimenta significativamente o turismo. Eles precisam ser reconhecidos”, destacou o deputado.
Entre os participantes das discussões estavam representantes do Goiânia Noise (Léo Ribeiro Bigode e Léo Razuk), Bananada (Fabrício Nobre), ambos de Goiás; Porão do Rock (Gustavo Sá), de Brasília; Demo Sul (Marcelo Domingues), do Paraná; Campeonato Mineiro de Surf Music (Claudão Pilha), de Minas; Abril Pro Rock (Paulo André); El Mapa de Todos (Fernando Rosa), do Rio Grande do Sul; República Blues (Luiz Kafa); e Satélite 061 (Marta Carvalho), ambos de Brasília.
O tom das falas dos produtores foi justamente calcado na falta de apoio público aos festivais. “Alguns destes eventos têm mais de 10, 20 anos. E se organizam e se mantêm sozinhos. Movimentamos públicos enormes, mas não temos espaço”, afirma Léo Bigode, do Goiânia Noise. Para Fabrício Nobre, do Bananada, é importante uma mobilização em torno de nomes da política, como o próprio Thiago Peixoto, para buscar apoio para a causa. “Os festivais movimentam a Economia, mas isso é Cultura, minha gente. Temos público fiel e enorme nos eventos. É algo que precisa ser considerado”, reforçou.
As sugestões e demandas que foram apresentadas durante a audiência pública serão compiladas em um documento. Thiago Peixoto disse que, além de agilizar o andamento de projetos de lei e sugerir outros relacionados com o tema, a Câmara dos Deputados pode ter o papel de articuladora do contato entre o setor e o governo e as políticas públicas. “É claro que a Comissão de Cultura não vai resolver todos os problemas, mas queremos dar espaço para que o tema seja debatido e ganhe relevância”, reforçou.
Em Goiânia
Para detalhar melhor as propostas dos produtores de festivais independentes, ficou agendada um novo encontro em Goiânia no mês de julho, onde participarão principalmente representantes de Goiás e Distrito Federal. “Temos a opção de realizar em Goiânia uma edição do Expresso 168, que é um mecanismo da Comissão de Cultura que realiza encontros fora de Brasília. Creio que nesse novo encontro poderemos detalhar melhor as principais demandas, até porque o pessoal que participou da audiência pública desta semana está em contato com representantes de festivais do Brasil inteiro”, completou Thiago Peixoto.