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Categorias: Brasil
| Em 7 anos atrás

Temer indica que pode desistir de reeleição e diz que chance de ser destituído é zero

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O presidente Michel Temer admitiu nesta sexta-feira (4) a possibilidade de não disputar reeleição em outubro.

Em entrevista a veículos do sistema EBC, Temer foi questionado sobre se o clima político acirrado poderia fazer com que ele desistisse de disputar novo mandato à frente do Palácio do Planalto.

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Com reprovação de 70% de acordo com última pesquisa Datafolha, o presidente foi indagado se acontecimentos como a hostilização que sofreu em São Paulo na terça (1º) o desmotivariam de ser candidato.

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“Não seria esse fato que me faria desistir da reeleição. Eu posso não ir para a reeleição na medida que eu comece a perceber o seguinte […] vejo que no chamado centro tem seis, sete, oito candidaturas, o que não é útil porque você tem que fazer com que o eleitor faça suas opções.”

O presidente disse não gostar de rótulos e ao ser questionado sobre ocupar o campo político de centro, definiu-se como “legalista”.

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Na entrevista de mais de uma hora, Temer disse ser zero a chance de ser destituído agora, quando faltam quase oito meses para o fim de seu governo.

Ele disse ser “pífia” a possibilidade de uma terceira denúncia. O presidente já foi denunciado por duas vezes pelo Ministério Público pelos crimes de obstrução da Justiça, organização criminosa e corrupção passiva. As duas acusações foram suspensas por decisão da Câmara.

Conforme publicou a Folha de S.Paulo, contudo, uma outra investigação em curso apura se Temer lavou dinheiro de propina por meio da compra de imóveis.

“Essa suposta terceira denúncia é uma campanha oposicionista, uma mera hipótese”, afirmou. “Eu não tenho a menor preocupação. Há apenas uma campanha deliberada. Isto é para tentar enfraquecer o governo.”

O presidente comentou a delação do grupo JBS, que atingiu seu governo pouco depois de ter completado um ano. Ele foi gravado pelo empresário e delator Joesley Batista, dizendo “tem que manter isso, viu?”, a frase foi interpretada pela Procuradoria como concordância de Temer para que Joesley comprasse o silêncio do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso na Lava Jato.

O emedebista afirmou que o episódio da delação foi o “mais injusto” de seu governo e disse que se trata de “inverdades”. (Folhapress) 

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