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Categorias: Brasil
| Em 8 anos atrás

Temer estuda MP para garantir salvaguardas na terceirização

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O presidente Michel Temer avalia o envio de uma medida provisória ao Congresso com salvaguardas para os trabalhadores afetados pelas regras de terceirização aprovadas na semana passada pela Câmara.

A ideia inicial do peemedebista era incluir as garantias de direitos no relatório da reforma trabalhista preparado pelo deputado federal Rogério Marinho (PSDB-RN).

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Mesmo quem defendia essa estratégia passou a avaliar os riscos, uma vez que a reforma trabalhista já é bastante polêmica para ainda englobar pontos de terceirização.

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Além disso, há receio de atraso no cronograma da reforma na Câmara, que poderia ser votada apenas no final de maio em vez de abril. Com isso, o presidente passou a considerar a elaboração de uma medida provisória. Assim, os direitos ali estabelecidos entrariam em vigor imediatamente.

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Essa ideia paralisa as negociações em torno de um texto de terceirização que está em tramitação no Senado. Logo após a Câmara aprovar o projeto que deixa de fora uma série de salvaguardas consideradas essenciais para os trabalhadores, chegou-se a cogitar uma votação acelerada dessa proposta.

Contudo, não há tempo hábil para que as salvaguardas ali previstas sejam sancionadas junto com a proposta da Câmara -o texto ainda precisaria passar por nova análise dos deputados-, nem acordo entre os parlamentares.

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Desvio

A ideia é enviar a medida provisória no mesmo dia em que for sancionada, com vetos parciais, a proposta da terceirização, evitando, assim, críticas públicas de que o governo retirou direitos dos trabalhadores.

O peemedebista deve sancionar o projeto de terceirização em evento no Palácio do Planalto, com a presença de parlamentares e empresários, próximo ao prazo final, no dia 12 de abril, quando também deve editar a MP.

O presidente decidiu sancionar o texto da Câmara após pressão da base aliada e do mercado financeiro. Para deputados governistas, seria um “desprestígio público” à Câmara se Temer não levasse em consideração a iniciativa.

Na semana passada, em jantar em São Paulo, empresários e investidores também defenderam o conteúdo da proposta ao presidente.

Em conversas reservadas, Temer tem demonstrado preocupação com as críticas à proposta.

Nas palavras de um assessor presidencial, o projeto podia causar um “desgaste público” à imagem do presidente.

Em encontro com deputados aliados, no início da semana, o peemedebista chegou a fazer um desabafo e disse que tem sido muito pressionado por conta das propostas governistas.

Também essa semana, parte da bancada peemedebista do Senado assinou uma carta à Temer pedindo que ele vete o projeto de terceirização da Câmara. O líder do partido na Casa, Renan Calheiros (AL), tem desferido uma série de críticas ao texto, afirmando que a “terceirização ampla, geral e irrestrita agrava a crise econômica”. (Folhapress)

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