Em balanço de final de ano, o presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (29) que o aumento do desemprego no país “preocupa enormemente” o governo federal, mas projetou que a taxa de demissão deve começar a cair a partir do segundo semestre do ano que vem.
Nesta quinta, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o desemprego chegou a 11,9% no trimestre encerrado em novembro, taxa mais elevada já registrada da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
O número de desempregados chegou a 12,1 milhões, contra 12 milhões nos três meses encerrados em agosto.
“É um aumento de 0,1% e, na verdade, acabei de dizer que preocupa enormemente. Por isso que nosso objetivo ao fazermos essas medidas é justamente combater o desemprego”, disse.
Segundo ele, a “angústia do desemprego” perturba todas as pessoas e cria um “sentimento de instabilidade no país”, mas que deverá ser superado com as medidas econômicas propostas pelo governo federal.
“Será um tema que começará a ser consolidado e efetivado, pelas projeções da equipe econômica, a partir do segundo semestre, quando é provável que venha a cair a partir das medidas que temos tomado”, disse.
O presidente também afirmou que o foco do Palácio do Planalto no próximo ano estará em realizar uma reforma tributária e apoiar uma reforma política discutida pelo Congresso Nacional.
“O Poder Executivo vai se empenhar nisso [reforma tributária] e em até uma simplificação do sistema atual”, disse.
Ele disse ainda que o seu objetivo é transformar o atual mandato presidencial em um “governo reformista”, realizando pelo menos cinco reformas constitucionais.
“As reformas que o governo federal havia planejado foram feitas em brevíssimo tempo e não vamos parar. O governo atual há de ser reformista”, disse.
O presidente afirmou ainda que não acredita que as mudanças trabalhistas, propostas na semana passada e enviadas ao Congresso Nacional, encontrem dificuldades de tramitação.
O tema, contudo, ainda encontra resistências entre algumas centrais sindicais, que avaliam que as mudanças precarizam as condições de trabalho.
Folhapress