O presidente Michel Temer foi notificado na tarde desta quarta-feira (27) para que apresente a sua defesa da denúncia encaminhada contra ele pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por obstrução judicial e organização criminosa.
O primeiro-secretário da Câmara dos Deputados, Fernando Giacobo (PR-PR), entregou o documento ao subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Gustavo Rocha, no Palácio do Planalto.
O assessor presidencial também recebeu as notificações contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral).
Na saída do encontro, o parlamentar, que é aliado do presidente, lamentou o que chamou de “mar de corrupção no país”. Para ele, vive-se um momento triste no Brasil.
“O meu sentimento é de tristeza e estou aqui cumprindo meu papel institucional. Como cidadão brasileiro, estou triste pelo momento que passa o Brasil com esse mar de corrupção”, disse.
Ele lembrou que, na primeira denúncia, votou contra o prosseguimento da acusação, mas que não tomou uma decisão sobre a segunda. “Nós vamos analisar também para ver se há algum elemento diferente”, disse.
CCJ
Com a notificação do peemedebista, o processo é enviado à CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a quem caberá dar o parecer sobre o caso.
A palavra final será do plenário. É preciso o apoio de pelo menos 342 dos 513 parlamentares para que o STF (Supremo Tribunal Federal) seja autorizado a analisar a denúncia.
Se o aval for dado e a corte aceitá-la, é aberto o processo, com o consequente afastamento do presidente do cargo.
A intenção do governo federal é acelerar a votação, já que avalia ter apoio para barrar a denúncia. (Folhapress)