Sob o risco de ser afastado temporariamente do cargo, o presidente Michel Temer negou nesta terça-feira (11) que a sua relação com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), esteja passando por turbulências.
Na saída de pronunciamento para comemorar a aprovação da reforma trabalhista, o peemedebista disse que o convívio com o primeiro na linha de sucessão ao Palácio do Planalto está o “melhor possível”.
Em meio à análise de denúncia contra o peemedebista por corrupção passiva, auxiliares e assessores presidenciais têm reclamado que Maia tem se afastado de Temer e se comportado como próximo presidente.
Nesta terça-feira (11), por exemplo, ele não compareceu a solenidade no Palácio do Planalto, apesar dela ter sido prevista em sua agenda oficial.
Na noite de segunda-feira (10), Temer e Maia se reuniram no Palácio do Jaburu. No encontro, o presidente pediu que a denúncia seja votada em plenário na sexta-feira (14), mas o parlamentar demonstrou resistência, já que avalia como improvável que ela ocorra.
O Palácio do Planalto articula agora para que ela ocorra na segunda-feira (17), na véspera do início do recesso. A avaliação é de que a data favorece ausências em plenário, o que beneficia o presidente, já que a tendência é de parlamentares emendem o final de semana.
O peemedebista acredita que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentará nova denúncia contra ele apenas em agosto, o que daria a ele cerca de quinze dias para tentar recuperar o fôlego político para tentar barrar uma nova acusação.
Em uma tentativa de reação, o presidente se reuniu nesta terça-feira (11) com ministros e ordenou que eles gravem vídeos em defesa de iniciativas do governo, pregando que o país não pode parar.
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