O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira (18) que a última pesquisa Datafolha, que o apontou como o presidente mais impopular desde a redemocratização do país, “não é verdadeira”.
Temer foi questionado sobre o levantamento e sobre como retomar a pauta do governo diante da baixa popularidade, em entrevista após a cúpula de presidentes do Mercosul, na região metropolitana de Assunção, no Paraguai. Indagado pelos repórteres sobre os motivos de não considerar a pesquisa verdadeira, ele não comentou.
“Em primeiro lugar, a pesquisa não é verdadeira”, disse Temer, sem citar nominalmente o Datafolha e relacionando projetos recentes do Executivo que passaram pelas casas do Congresso.
“Nestes últimos tempos, estou falando de três semanas para cá, em conversas que tive com o presidente [do Senado] Eunício Oliveira, nós aprovamos seis ou sete medidas provisórias numa única noite. Ademais disso, naquela noite aprovou-se a urgência para chamada reoneração, que foi votada no dia seguinte no Senado Federal”, afirmou.
“Na Câmara, em face conversas que tive com o presidente Rodrigo Maia [DEM-RJ], aprovou-se cadastro positivo, duplicata eletrônica. Agora para esta semana já está ajustada a questão das distribuidoras.”
Como relatado pela Folha de S.Paulo, a quase seis meses da passagem da faixa presidencial, o Palácio do Planalto desistiu de propostas antes prioritárias, não consegue evitar que medidas provisórias caduquem, passou a ser menos frequentado por aliados e corre o risco de perder funcionários comissionados.
Nesta segunda, Temer viajou ao Paraguai pela manhã e chega a Brasília nesta tarde. Ele irá, nesta terça (19), a Roraima, para verificar a situação dos refugiados da Venezuela.
Apesar de não ter falado sobre a pesquisa, ele comentou sobre a Copa do Mundo e o empate da seleção brasileira com a Suíça, por 1 a 1. “O Brasil está no jogo. Não vamos nos impressionar. Um a um. Brasil no jogo. Até o final.”
O presidente ainda falou sobre o parecer encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), contrário ao tabelamento de preços mínimos no frete rodoviário e afirmando que há um resultado semelhante ao de um cartel.
“Se o Supremo decidir de outra maneira, evidentemente vamos obedecer”, disse. (Folhapress)
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