SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente Michel Temer (PMDB) rebateu as críticas contra a proposta de reforma do ensino médio. Segundo ele, o intuito da mudança é aproximar o ensino no país do adotado em países mais desenvolvidos.
Temer afirmou que em 2013 houve uma queda abrupta da aprendizagem e defendeu a tramitação por meio de Medida Provisória. Segundo ele, a tramitação de um projeto de lei tradicional tarda 90 dias e depois tranca a pauta, já a MP prevê 120 dias de discussão. O STF vai levar a discussão ao plenário da corte.
Falando a uma plateia de empresários e convidados na revista “Exame”, o presidente acrescentou que o tema vinha sendo discutido por técnicos há pelo menos cinco anos e que lembra o antigo modelo do ensino médio, dividido entre clássico e científico.
“É interessante no Brasil que as coisas se renovam para voltar ao passado”, afirmou. “Estamos fazendo uma especialização compatível com o que é feito na Europa, nos EUA, na Coreia do Sul.”
Ele disse que a medida foi “muito bem recebida”, apesar das críticas de vários setores, e que as insatisfações são “vozes dissonantes”.
“Essa matéria será suficientemente debatida, assim como já o foi”, disse, e defendeu a medida mesmo num governo de menor duração.
“Estamos no governo há pouco tempo, tomando medidas ousadas, porque se não houver ousadia o governo se converte numa covardia, e não vamos fazer nada pelo país. Elas podem ser mal compreendidas num primeiro momento, mas depois darão suporte popular ao governo.”
“Temos certeza que daremos um salto de qualidade na educação.”