A frustração de receitas está tão forte que, para liberar despesas que estão congeladas até quinta-feira (20), o presidente Michel Temer terá de dar aval para que a equipe econômica aumente tributos sobre combustíveis.
Pelos cálculos que estão na mesa até o momento, seria preciso aumentar em cerca de R$ 0,10 por litro de gasolina e diesel para levantar cerca de R$ 4 bilhões, valor que seria suficiente para liberar despesas hoje represadas.
O aumento seria feito por meio de elevação da alíquota de PIS e Cofins sobre combustíveis, que entraria em vigor automaticamente.
Inicialmente, a equipe econômica cogitou elevar a Cide, contribuição que também incide sobre combustíveis. No entanto, seria preciso esperar três meses para que a medida entrasse em vigor e haveria divisão dessa receita com Estados e municípios. Por isso, essa opção perdeu força.
O presidente Temer definirá o aumento de tributos sobre combustível em reunião com a equipe econômica nesta quarta. O anúncio da revisão orçamentária está marcado para quinta.
O reajuste dos combustíveis passou a ser uma opção porque o governo não pretende descumprir nem mudar a meta de deficit de R$ 139 bilhões deste ano.
Integrantes da equipe econômica dirão a Temer que é preferível até descumprir a meta a modificá-la. Para o mercado, seria um sinal de fraqueza em meio à crise política enfrentada pelo governo. (Folhapress)
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