O vereador goianiense Tayrone di Martino (PT) protocolou, por volta das 17h40 da tarde desta quarta-feira (1), a desistência da candidatura a vice-governador na chapa de Antônio Gomide. Ontem o parlamentar chegou a anunciar que deixaria o pleito, mas voltou atrás, convencido pela executiva estadual da sigla.
O Diário de Goiás entrou em contato com o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que confirmou ser informado da ação do agora ex-candidato no fim da tarde. Tayrone demonstrou insatisfação, nos últimos dias, com retaliações que sofreu do partido após votar contrário à mudança na alíquota do IPTU em Goiânia – o que é confirmado pela carta renúncia (disponível acima) a que o Diário de Goiás teve acesso.
“É público que comecei a sofrer retaliações dentro do PT, dentro do meu grupo político e também dentro da administração”, traz o documento.
“Minha desistência é uma resposta pública a perseguição e retaliações que tenho sofrido pela prefeitura e também pelo partido”, complementa.
Como mostrou o Diário de Goiás, há insegurança jurídica para a chapa petista após a desistência. Segundo a minireforma eleitoral, o entendimento é de que só é possível substituir candidato até 20 dias antes da eleição, exceto em caso de morte. Gomide, ademais, não poderia concorrer sem vice.
Tayrone nega ter recuado da desistência
Em nota enviada pela assessoria de imprensa, o vereador negou que tenha recuado nesta terça-feira da renúncia, como foi informado pela sigla.
“No período da noite, estive em reunião na Executiva do PT e reafirmei por diversas vezes esta renúncia. No entanto, por causa de problemas jurídicos, que poderiam interferir em todo o resultado do Pleito, com a possibilidade de os votos do Gomide serem cancelados, afirmei que não apresentaria carta de renúncia por escrito, aceitando um pedido dos advogados e membros da Executiva do PT, caso isso fosse verdade”, traz o texto, que complementa. “Tanto é que a Nota do partido não fala em momento algum de desistência da renúncia”.
Tayrone diz ter sido “surpreendido por uma declaração diferente do advogado do PT, Edilberto Dias, que estava presente na reunião de ontem, afirmando que a decisão tinha sido política e que “Com toda segurança jurídica, poderia sim fazer a substituição do candidato”.A declaração a que o vereador se refere foi publicada pelo blog do jornalista Samuel Straioto, no Diário de Goiás.
“Como em nenhum momento desisti da minha renúncia e tendo a informação pública do próprio advogado do partido de que não há impedimento legal para a chapa, informo que protocolizei nesta tarde o meu pedido de renúncia no PT Estadual e no TRE Goiás”, completa a nota.
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