O projeto de lei que institui a cobrança de uma taxa para a coleta de lixo em Goiânia continua sendo debatido e passa por novas etapas na Câmara Municipal. A proposta, que visa regularizar o pagamento dos serviços de limpeza urbana na capital deve passar por aprovação definitiva na terça-feira (10). Após isso, deve ser sancionado ou vetado pelo prefeito Rogério Cruz (SD) para entrar em vigor no próximo ano.
Na terça-feira (3), o projeto foi aprovado em primeira votação. Os vereadores Kátia Maria (PT), Fabrício Rosa (PT), Willian Veloso (PL), Aava Santiago (PSDB), Pedro Azulão Jr. (MDB) e Cabo Senna (PRD) votaram contra a criação do novo tributo. Após a votação, a Comissão de Finanças acrescentou regras ao texto, incluindo valor mínimo e máximo a ser cobrado, mas a taxa ainda será fixada pelo prefeito por meio de decreto.
A proposta prevê uma cobrança anual por domicílio, com valores que variam entre R$ 258 e R$ 1.600,08, dependendo de fatores como a localização do imóvel e a quantidade de resíduos gerados. Para imóveis residenciais, as taxas podem variar entre R$ 258 (para aqueles com menor poder aquisitivo) e até R$ 1.600,08 para imóveis de maior valor. Os pagamentos poderão ser parcelados em até 12 vezes, o que, segundo a Prefeitura, facilita o cumprimento da obrigação por parte dos moradores.
Uma das principais preocupações com a proposta está relacionada ao impacto financeiro sobre as famílias de baixa renda. Por isso, foi estabelecida uma isenção para imóveis avaliados até R$ 173 mil. De acordo com a Prefeitura, esses imóveis são considerados de menor valor e, portanto, não seriam sujeitos à cobrança da taxa. Para loteamentos sem construções, a cobrança prevista é de R$ 258 por ano.
Caso o projeto seja aprovado, a Prefeitura de Goiânia promete lançar campanhas de conscientização sobre a importância do pagamento da taxa e da destinação adequada do lixo. A cobrança também visa reduzir os custos com o serviço de limpeza urbana, que atualmente são parcialmente bancados pelo município.
Uma das emendas determina que a taxa vai variar entre 258 reais e 1.600 reais por imóvel ao ano, o que corresponde, respectivamente, a R$ 21,50 e a R$ 133,34 mensais. No caso de terrenos, será aplicada taxa mínima. Essa variação deverá ser reajustada ao fim de cada ano pelo IPCA-E, que calcula a inflação trimestral. Mas o valor a ser cobrado será definido por decreto do prefeito. O projeto ainda precisa passar por mais um turno de votação no plenário e depois seguirá para sanção ou veto do prefeito.